Jornal Pires Rural - Há 13 anos revelando a agricultura familiar

terça-feira, 10 de junho de 2014

AUDIÊNCIA PÚBLICA AMBIENTAL (Texto enviado pelo secretário de Meio Ambiente de Limeira Alquermes Valvassori)

Deste a última década, os povos da floresta se acostumaram a ouvir falar de audiências públicas. Isso se deve a dois fatores principais:
. À intensificação dos empreendimentos que exploram recursos naturais na Amazonia (ferro, bauxita, água etc.);
. À legislação ambiental, sobretudo de estados e municípios.
Essa legislação ambiental prevê audiências públicas ambientais quando,, no processo de licenciamento de uma obra, se constata que ela causa a modificação do meio ambiente. Ela se dá logo após a entrega do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) pelo empreendedor ao licenciador, que pode ser o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema, Estados) ou Sema, municípios, dependendo do tipo da obra e suas consequências.
O objetivo da audiência pública ambiental é expor os impactos para que a população afetada e a sociedade em geral possam apresentar críticas e sugestões. Somente depois de colhidas essas informações é que o licenciador pode emitir a licença prévia, isso se o empreendimento for considerado viável ambientalmente.
Portanto, a audiência pública ambiental é instrumento de participação direta da sociedade em uma decisão do poder público. Ou seja, é uma forma de controle popular do governo. Mas essa finalidade só é alcançada com a participação da sociedade civil em sua plenitude.
A iniciativa para propor-la não é apenas do licenciador, mas de qualquer entidade da sociedade civil, Ministério Público e até de um grupo de 50 ou mais cidadãos, no prazo de 45 dias do recebimento do Estudo de Impacto Ambiental. E podem ser propostas quantas audiências forem necessárias.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA
É o instrumento que mede os impactos de uma obra potencialmente causadora de significativa degradação ambiental (artigo 225, $ 1º, IV, Constituição Federal). E degradação ambiental é qualquer alteração física, química ou biológica que afete a saúde ou o bem-estar da população (Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente, CONAMA, nº 01/86).
A medição desses impactos está dividida em três grandes partes. A primeira é o meio físico, onde se estuda o subsolo, o ar, a hidrologia, correntes marinhas etc. A segunda é o meio biológico, como a fauna e a flora. A terceira é o meio socioeconômico, que abrange desde a arqueologia até a ocupação do solo e a utilização da água pelas comunidades, suas relações econômicas e históricas, sobretudo se houver necessidade de remoção de pessoas por causa da obra.
O Rima, por sua vez, é o Relatório de Impacto Ambiental. É uma espécie de resumo doEIA, numa linguagem de fácil compreensão por todos. Deve conter mapas e gráficos que mostram as vantagens e desvantagens do projeto.
É necessário, portanto, que as comunidades afetadas acompanhem o EIA/Rima, que se façam notar, que sejam entrevistadas e, sobretudo, participem das audiências públicas nas quais o documento é apresentado.
De um modo geral, são notadas muitas falhas nesses estudos, sobretudo no que se refere ao modo de vida da população afetada. E isso acarreta injusta indenização, principalmente àquelas comunidades que serão removidas por causa da obra.


                                                                                       A.V.

domingo, 25 de maio de 2014

1º Debate Público da Procuradoria Especial da Mulher sobre Violência contra as Mulheres




A Procuradoria Especial da Mulher promoveu o 1º Debate Público sobre Violência contra as Mulheres no dia 26 de fevereiro na Câmara Municipal de Limeira. A vereadora Érika Monteiro Moraes, procuradora especial da mulher, abriu o evento dizendo que o debate mexe na ferida da sociedade por se tratar de um tema debatido que precisa ser aplicado com a união de parcerias.
A Procuradoria foi criada em outubro/2013 com o objetivo de velar pela participação efetiva de todas as vereadoras em todos os momentos da vida pública na Câmara Municipal de Limeira, fiscalizando e acompanhando a execução de programas de governo visando à igualdade entre os gêneros implementando campanhas contra qualquer forma de violência. "Nossa tolerância a partir desse debate deve ser zero a qualquer forma de violência, seja para a mulher, negro, menos privilegiado. Nesses anos, muitas Leis e debates foram implementados, gostaria de fazer uma reflexão, pois fazer uma Lei e não implementá-la não tem porque fazê-la. Precisamos ser as fiscalizadoras desse processo e tirar a pessoa do risco”, afirmou a vereadora Érika Monteiro.
A vereadora Érika Tank Moya acredita que o município de Limeira oferece todos os instrumentos necessários para trabalhar em prol da defesa da mulher como a Delegacia de Defesa da Mulher; o Conselho da Mulher; uma conselheira limeirense no Conselho Estadual da Mulher; uma Casa de Apoio à Mulher vítima de violência; uma juíza à frente do Poder Judiciário; quatro vereadoras; a Procuradoria Especial da Mulher; um prefeito delegado. "Temos um secretário da Saúde que vem inovando com a pretensão de fazer com que todos os postos de saúde sejam notificadores da violência doméstica e sexual. Podemos falar em políticas públicas se realmente soubermos da realidade que a mulher enfrenta, com números e motivos. Temos todos os instrumentos. Precisamos somente fazer com que essa rede funcione com a ajuda das mulheres vitimizadas para que elas nos apontem onde estamos errando. Essa é a luta", afirmou Érika Tank.
Para a vereadora Lu Bogo, discutir esse tema tão delicado retratando a violência contra a mulher é muito importante. “A evolução que tivemos nesses anos com a denúncia da violência, formação do Conselho da Mulher, políticas públicas, mulheres corajosas que enfrentam seus maridos tocando suas vidas como arrimo de família foi um marco importante. É preciso lutar pela igualdade” afirmou Lu Bogo.
“Temos que aproveitar todos os instrumentos disponíveis na cidade. Não somo o sexo frágil porque muitas vezes estamos tomando posição. Sozinhas como vereadoras não conseguiremos fazer o trabalho que é da sociedade, criar essa rede e fortalecer indo além dos muros da Câmara Municipal", falou vereadora Mayra da Costa.
A presidente do Fundo Social de Solidariedade, Deise Hadich revelou estar mobilizada com o convite de parceria. "Venho de uma trajetória profissional com carreira na saúde pública, onde infelizmente, a vivência e a proximidade com a violência contra a mulher são inevitáveis. Com muito avanço poderemos debater o nosso contato e proximidade no depois, socorrendo as vítimas não só na violência física e psíquica, também em falta de afeto e amor", afirma Deise Hadich.

O desafio no trabalho do fundo Social de Solidariedade junto com o grupo de conselheiras voluntárias tem ocorrido para atingir a meta de projetos e ações direcionados a mulher como geração de renda. “A geração de renda traz como consequência certo empoderamento econômico, ajudando minimizar as diferenças de gênero com maior empoderamento, cidadania, recolocação na sociedade, conhecimento de espaços e pessoas. Isso é o processo da vida que vai nos empoderando de saber dando força para não ser vitimizada. Faço um convite para que todos estejamos sempre em ação nessa causa", Deise Hadich.   
Capa da edição 147 do Jornal Pires Rural
[Matéria publicada originalmente na edição 147 do Jornal Pires Rural, 03/03/2014 - www.dospires.com.br]



quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Fundecitrus contrata especialista espanhol em biotecnologia



O Fundecitrus contratou o pesquisador espanhol Leandro Peña, um dos pioneiros em transformação de citros no mundo.  O especialista irá reforçar a equipe de biotecnologia da instituição que, atualmente busca a resistência das plantas de citros às principais doenças da citricultura.

Peña é um antigo colaborador das pesquisas do Fundecitrus voltadas para o melhoramento de plantas. Estudos de sua autoria comprovaram que a desativação do limoneno (composto essencial da casca de frutos cítricos) torna as laranjas menos atraentes à mosca das frutas e ao apodrecimento causado pelo fungo Penicillium.

Tal descoberta originou uma pesquisa do Fundecitrus, realizada em conjunto com a pesquisa de Peña, que possibilitou a utilização para a mesma técnica nos estudos de resistência da laranjeira à pinta preta.

A contratação de Peña tem relação com o avanço nestas pesquisas. “Agora temos plantas para testar. Temos resultados muito bons em laboratório, mas precisamos ver seus efeitos no campo”, afirma o pesquisador espanhol.

Para desenvolver pesquisas relacionadas à resistência ao HLB (Huanglongbing/greening) e acompanhar os testes, o pesquisador mudou-se para o Brasil. “É um desafio pessoal e profissional importante”, define. “É um momento crítico para a pesquisa de biotecnologia e os resultados são bastante promissores”.

O estágio da pesquisa de biotecnologia com plantas de citros no Brasil, um dos mais avançados no mundo, foi um dos incentivos para o pesquisador deixar a Europa. O outro foi o trabalho desenvolvido pelo Fundecitrus.

“No Brasil podemos ir com laranja geneticamente modificada para o campo até a frutificação, uma oportunidade de entender a cultura até a produção do fruto. Boa parte por mérito do Fundecitrus que faz um trabalho importante para o citricultor, que não é comum em outros locais do mundo. Tenho muita admiração pelo Fundecitrus”, afirma o pesquisador.

Patrícia Menezes
Jornalista

1ª Conferência Municipal de Esporte e Lazer

A Prefeitura de Limeira convida para a 1ª Conferência Municipal de Esporte e Lazer. O encontro tem por objetivo discutir políticas públicas para a área e eleger os integrantes do Conselho Municipal de Esporte e Lazer.
O tema desta 1ª Conferência é “Esporte: Instrumento de Convivência, Desenvolvimento Humano e Qualidade de Vida”. A palestrante convidada é a professora Katia Rubio, doutora em Educação Física e integrante da Academia Olímpica Brasileira.
Credenciamento e inscrições no local.
Data: 22 de fevereiro de 2014 (Sábado)
Horário: 8h às 17h
Local: Auditório UL-12 da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA)
Endereço: Rua Pedro Zaccaria, 1.300, Jardim Santa Luiza.

Agricultores do semiárido piauiense triplicam a renda com o Crédito Fundiário

Raimundo José Machado Filho na colheita das 60 toneladas de arroz irrigado
Viver no semiárido piauiense produzindo arroz, criando tilápia e gado, e, com isso, triplicar a renda familiar. Esta é a realidade de 55 famílias de beneficiários do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) da Associação dos Agricultores Familiares de Lagoa, em São José do Divino (PI). Na semana passada, eles deram início à colheita das 60 toneladas de arroz irrigado.
Além do arroz, estão em fase de entrega 16 toneladas de tilápia, já comercializadas. Ambos os projetos foram custeados pelo Subprojeto de Investimentos Comunitário (SIC), recursos não reembolsáveis, disponibilizado pela linha do PNCF de Combate à Pobreza Rural (CPR). O recurso permitiu também que a associação fizesse o cerco da área e as casas, além de instalar a rede elétrica trifásica, irrigar a área produtiva e executar o projeto de bovinocultura e de manejo florestal.

Do sonho à realidade

Segundo o presidente da associação, Raimundo José Machado Filho, as mudanças foram muito grandes. “Estávamos ansiosos pelos resultados e eles estão chegando. Com a venda do arroz, das tilápias e do gado (vendido no ano passado), nossa renda anual passa de R$ 30 mil por ano. E ainda tem a renda da área de manejo florestal e da confecção das mulheres, que não dão conta de atender à demanda. Triplicamos a renda e melhoramos muito nossa qualidade de vida”, completou Machado.

“Eu me criei aqui. Eu e alguns outros associados erámos empregados nessa propriedade. Desde 2011 somos donos, graças a Deus e ao Crédito Fundiário”, comentou, entusiasmado, o presidente.

Trabalho e afinidade
Pela manhã, elas são agricultoras, cuidam da criação, da horta, da casa e dos filhos. À tarde, se tornam empreendedoras na Confecção Afinidade. Essa é a rotina de 22 agricultoras familiares, titulares do PNCF da Associação Lagoa, que adquiriram o selo PNCF Mulher e, com o recurso, montaram uma confecção, responsável hoje pelo aumento da renda familiar de suas famílias.

O grupo Afinidade nasceu com a confecção, em março de 2011, sob o lema “trabalhando a moda com arte, gerando renda e melhorando a qualidade de vida”. Localizada na associação, produz roupa íntima feminina, jogos de banheiro e cozinha. A comercialização ocorre nas feiras, festas religiosas e eventos diversos, onde a marca Afinidade se tornou conhecida ganhando destaque pela qualidade. Hoje, quase três anos após a criação, a confecção tem uma produção estável com um lucro de mais de R$ 1 mil por mês.

Assessoria de Comunicação Social - Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA)

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

SNA comemora 117 anos abordando o Cadastro Ambiental Rural

O presidente Antonio Alvarenga e o tenente-coronel Ubiratan Guedes assinam convênio entre SNA e Instituto Trompovsky, ao lado dos diretores da SNA Rony Rodrigues de Oliveira e Antonio Freitas. Foto: Sebastião Marinho

O presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Antonio Alvarenga, recebeu, no último dia 17 de fevereiro, autoridades do agronegócio, políticos e personalidades para um almoço de celebração dos 117 anos da entidade, que aconteceu em sua sede, no centro do Rio de Janeiro. Em discurso de abertura, Alvarenga agradeceu a participação dos convidados e lembrou que neste ano, considerado por ele como “atípico”,  acontecem as eleições e, com elas, surge a oportunidade de chamar a atenção para o setor do agronegócio.

Cadastro Ambiental Rural
Um dos assuntos mais abordados durante o almoço de aniversário de 117 anos da Sociedade Nacional de Agricultura foi o Cadastro Ambiental Rural (CAR). O registro eletrônico, obrigatório para todos os imóveis rurais, pretende unir as informações ambientais referentes à situação das Áreas de Preservação Permanente (APPs), das áreas de Reserva Legal, das florestas e dos remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de Uso Restrito e das áreas consolidadas das propriedades e posses rurais do Brasil.

Representando a ministra do Meio Ambiente (MMA), Izabella Teixeira, o assessor especial Luis Antônio Correa de Carvalho destacou a importância da implantação do Cadastro Ambiental Rural no Brasil. “O CAR está pronto. E, a meu ver, os brasileiros terão orgulho da construção do instrumento mais avançado do mundo (de cadastramento dos imóveis rurais). E nós poderemos dizer, daqui a um tempo, que dentro das propriedades rurais privadas brasileiras há mais área de preservação e mais floresta preservada do que nas unidades de preservação. Ou seja, o agricultor não estará devendo nada”, finalizou Carvalho.

Discurso
“2014 será um ano atípico, com carnaval em março, Copa do Mundo, em junho, e as eleições, em outubro. É o momento de os produtores se unirem para obter espaço político compatível com a sua importância no cenário econômico e social. Afinal, temos uma agricultura das mais modernas do planeta, somos campeões em produtividade e sustentabilidade, estamos colhendo a maior safra da história do país e geramos excedentes exportáveis de US$ 100 bilhões por ano”, afirmou o presidente Antonio Alvarenga.

Convênio
A comemoração também marcou a assinatura de um convênio educacional entre a SNA e a Instituto Trompowsky, representado no evento pelo tenente-coronel Ubiratan Guedes, que pretende preparar jovens para atuar na área de Segurança do Trabalho. Os cursos acontecem a partir de maio, na Escola Wencesláo Bello, mantida pela SNA, na Penha, no Rio de Janeiro.

Também estiveram presentes, entre outras personalidades, o ex-ministro das Cidades Márcio Fortes, o cônsul-geral da China, Song Yang, o secretário de Agricultura do Estado do Rio de Janeiro, Christino Áureo da Silva, e o deputado federal Alfredo Sirkis.

Assessoria Comunicação SNA

Estudo propõe modelo de gestão ambiental do rio Pinheiros

É preciso atacar as dinâmicas poluidoras que matam o rio de uma perspectiva processual. Foto:Marcos Santos

Os indicadores de poluição da água do Rio Pinheiros constituem-se em um dos mais graves problemas ambientais da capital paulista. “O impacto de sua poluição causa repercussões graves na saúde pública, no turismo, nos alagamentos, nos transportes, no esporte e lazer da população, para citar os desdobramentos mais evidentes”, afirma o cientista social Ricardo Raele. A partir dessa constatação, Raele desenvolveu, no programa de Pós-graduação em Ecologia Aplicada Interunidades (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”- ESALQ e Centro de Energia Nuclear na Agricultura-CENA), um modelo conceitual para orientar um plano de gestão ambiental do sistema sócio-ecológico que abrange o rio Pinheiros.

Com orientação de Silvia Maria Guerra Molina, professora do Departamento de Genética (LGN) da ESALQ, o estudo foi proposto com objetivo de sanar a deficiência na gestão dos recursos hídricos nas grandes cidades e a carência de metodologias científicas para se lidar com a questão.

O projeto teve apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e foi realizado com a estruturação de um método baseado na teoria de sistemas que possibilitou a descoberta das variáveis de sustentabilidade do Rio Pinheiros a partir de uma abordagem hierárquica e transdisciplinar. “Na sequência, entrevistamos 15 especialistas e os dados foram lançados em um software que calculou o posicionamento das variáveis em um modelo conceitual considerando as suas relações na forma de um mapa”, explica o pesquisador.

A lista especialistas contou com pessoas de formações muito diferentes. De funcionários públicos de empresas de energia, passando por professores, políticos, consultores, jornalistas. “A diversidade dos especialistas foi fundamental para o sucesso da pesquisa”. Foram consultados profissionais da Companhia de Geração de Energia AES-Eletropaulo, Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), Faculdade de Saúde Pública (FSP), imprensa especializada, Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA), Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE), Companhia Paulista de Trens e Metrôs (CPTM), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo FIESP, Associação Águas Claras do Rio Pinheiros. Os dados brutos foram tratados dando origem a 65 variáveis operacionais, objetivas e de relevância para a sustentabilidade do rio Pinheiros.

A partir das entrevistas, as variáveis mais citadas foram: Esgoto sanitário lançado no rio; Rede de esgotos não conectada a ETEs; Apropriação do rio pela população; Promover a visão sistêmica acerca do problema; Desbalanço hídrico da capital (déficit); Poluentes surfactantes; e Rede de drenagem levando poluição difusa. “Ao longo das entrevistas os especialistas notaram que esforços vêm sendo empregados no sentido de diminuir a carga de esgotos que é lançada no rio Todos concordaram com tal fato, mas seria ainda mais interessante pensar em soluções de banheiro seco, liofilização, biocompostagem, wetlands e outras soluções que estão fora do paradigma sanitarista que herdamos do pós-guerra” comenta Ricardo Raele.

Sobre a geração do modelo conceitual, o autor da pesquisa acredita que possa gerar uma discussão aprofundada sobre como poderiam ser organização ações concretas para melhoria do Rio Pinheiros. “É preciso atacar as dinâmicas poluidoras que matam o rio de uma perspectiva processual. Gastam-se centenas de milhões de reais para despoluir o rio, mas será que estamos atacando o problema certo? Não se pode despoluir o rio caso mantenhamos os comportamentos sociais que o poluem. Não há como despoluir o rio se a cultura dos descartáveis permanecer da maneira que está, a cultura sanitarista que usa água limpa para receber o esgoto continuar etc. Para “limpar o rio” deve-se modificar as dinâmicas poluidoras. É sobre as dinâmicas que precisamos nos debruçar, atuar no rio sempre será remediar um problema. Isso exige mudanças profundas na cultura e na tecnologia que envolve a vida das pessoas. Nessa linha, o rio está longe de sair da triste marca da ‘classe IV’, ou seja, um rio morto”, finaliza.
  
Assessoria de Comunicação - USP ESALQ
Caio Albuquerque - Jornalista - caioalbuquerque@usp.br

O Brasil mantém a aposta na agricultura contra a crise dos emergentes

A valorização do dólar e até uma estiagem, que deve reduzir a oferta de alimentos, deixam o setor do agronegócio otimista com as perspectivas para os preços das commodities

Lavoura de arroz sofre com a estiagem e tem queda na produção. Foto:Marcel Menconi
O Brasil mantém a aposta na agricultura contra a crise dos emergentes
A valorização do dólar e até uma estiagem, que deve reduzir a oferta de alimentos, deixam o setor do agronegócio otimista com as perspectivas para os preços das commodities
Enquanto os mercados financeiros globais passam a olhar com desconfiança para os países emergentes, o Brasil mantém a sua aposta nas commodities agrícolas contra a crise que mudou o status do país de bola da vez para patinho feio. Embora tenham caído entre 9% e 25% na Bolsa em relação ao ano passado, os preços das principais matérias-primas agrícolas exportadas pelo país, como soja, milho e açúcar, foram compensados pela alta do dólar. A cadeia do agronegócio corresponde a 25% do PIB brasileiro e em 2013 suas exportações geraram receitas de 82,6 bilhões de dólares, ou 34,5% do total nacional. A expectativa dos exportadores é, ao menos, repetir o número. Em janeiro, o Índice de Commodities agropecuárias do Banco Central (IC-Br) subiu 1,9% e acumula uma alta de 5,9% nos últimos três meses.

Uma forte onda de calor que tem atingido a América do Sul pode causar quebras de safra em diversas regiões do Brasil, que já registram uma estiagem há mais de três semanas durante um período crucial de desenvolvimento das plantas. Isso tem alimentado as expectativas dos agricultores de alta dos preços, já que causaria uma redução na produção em um momento em que a expectativa atual do Governo é de mais um recorde na oferta de grãos. O cálculo final da safra ainda não foi refeito.

Na avaliação de Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura de Lula entre 2003 e 2006, o mercado de grãos em 2014, especialmente para a soja, deve ser bastante promissor. "Os estoques globais atingiram níveis terrivelmente baixos, o que significa que um problema climático que afete fortemente os maiores exportadores já basta para deixar o mercado com uma crise de abastecimento", diz ele.

De acordo com João Bosco Azevedo, gerente comercial da Cooperativa Integrada, sediada em Londrina, no Paraná, os produtores da região estão segurando a soja na esperança de vendê-la a um preço mais alto. “Nossa estimativa é de que 50% da safra atual tenha sido vendida até o começo de fevereiro. No mesmo período do ano passado, nossa região já tinha uma média de 65%. Hoje, é raro encontrar um agricultor que esteja numa situação de aperto financeiro. Já não existem aventureiros”, afirma ele, que trabalha para uma cooperativa que conta com 7500 produtores de grãos e outros culturas e faturou 1,7 bilhão de reais no ano passado.


Produtores rurais de Limeira apresentam trabalho da ONG Viva Pires ao prefeito

Visando estabelecer parceria, foi agendado um encontro entre o grupo de produtores Viva Pires e o prefeito municipal Paulo Hadich. Foto:Jornal Pires Rural

O prefeito Paulo Hadich, reuniu-se com os produtores da ONG Viva Pires. O encontro, realizado na EMEIEF (R) Martim Lutero, teve como objetivo apresentar a Hadich o trabalho da ONG, que obteve a Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), tornando-se a única da cidade a ter este documento que permite o fornecimento de sua produção para a alimentação escolar. Com este documento, os produtores da ONG conseguem acessar os programas de aquisição de alimentos. “Estamos nos apresentando ao prefeito para firmarmos possível parceria para o fornecimento de alimentos para a merenda escolar”, disse o presidente da ONG, Marcel Menconi.

Também participaram da reunião o vice-prefeito, Antonio Carlos Lima; e os secretários da Educação, José Claudinei Lombardi; da Agricultura, Abastecimento e Apoio à Zona Rural, Marcelo José Coghi; além de funcionários do Departamento da Alimentação Escolar da Secretaria da Educação.

De acordo com Menconi, a ONG existe desde 2007 e tem o intuito de unir forças nas reivindicações para que o poder público cumpra seu papel frente às necessidades da população da área rural quanto à segurança, saúde, educação, conservação dos recursos naturais e transporte público. “A ONG acredita que a parceria com a prefeitura pode trazer resultados concretos para o desenvolvimento rural local, por meio da valorização do trabalho do homem no campo”, disse.

Conforme Hadich, o secretário de Agricultura esteve em Brasília e obteve o cadastramento de Limeira no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que transfere recursos aos municípios para aquisição de gêneros alimentícios destinados à merenda escolar. O prefeito pontuou algumas melhorias realizadas no primeiro ano de governo na área rural, que beneficiam os moradores e produtores rurais, como manutenção das estradas rurais e combate a problemas com segurança. “Além do roubo e furto, temos que nos atentar aos crimes ambientais, como parcelamento irregular e fossa negra”.

Outro assunto abordado durante a reunião foi a Feira do Produtor, um espaço destinado para a venda de produtos da agricultura familiar. “Temos que oferecer algo aos produtores para combater o desperdício. Nada impede que o produtor limeirense também forneça até para a Central Estadual de Abastecimento, a Ceasa”, falou Lombardi.

O prefeito e o secretário da Educação pediram agilidade, visto que os alunos da rede municipal retornam às salas de aula no dia 6 de fevereiro.

Ao final da reunião, os presentes abordaram melhorias para o bairro, como manutenção das estradas rurais, asfaltamento da estrada do Zé do Pote e segurança, entre outras. Coghi informou que a prefeitura está buscando recurso federal junto ao Ministério das Cidades para alargar a estrada da rotatória do bairro até a Anhanguera, inclusive com a implantação de ciclovia. “Esta estrada será a entrada para o turismo rural da cidade”, disse Coghi.

Novas reuniões serão realizadas entre a ONG Viva Pires e a Prefeitura para firmar a parceria

Secretaria de Comunicações - Prefeitura de Limeira

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Novo site Jornal Pires Rural está on line


Já está no ar o novo site do Jornal Pires Rural. Estreando 2014 com um novo designer ágil e simplificado, para os nossos leitores encontrarem rapidamente as últimas reportagens publicadas em nossas edições impressas. Nossa meta é a cada semana trazer atualizações e novidades, em breve estaremos nas redes sociais para melhor interagir com nosso público. Clique aqui e boa viagem!

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Cia. de Reis São Lucas inicia tradicional peregrinação



Pelo décimo ano consecutivo o grupo Cia. de Reis São Lucas do bairro Anavec, em Limeira, vem mantendo a tradição de visitar as casas dos devotos. Nessa época do ano a Cia. São Lucas procura relembrar da missão dos Reis Magos, que está descrito no evangelho de Mateus, capitulo 2, do Novo Testamento, que foi anunciar ao mundo o nascimento de Jesus Cristo, o Messias, Filho do Deus Vivo que com seu nascimento, morte e ressurreição veio dar uma nova vida, pela fé, aos Homens.

Encabeçada pelo “mestre” Wilson Nunes Cerqueira a Cia. de Reis São Lucas conta ainda com 22 componente que cantam e tocam músicas tradicionais, folclóricas e do cancioneiro nacional em cada visita que fazem. O roteiro dessas visitas às comunidades católicas, residências dos devotos de Limeira e cidades da região, é organizando previamente. Neste ano de 2013 seu início foi no dia 13 de dezembro e o encerramento será no dia 18 de janeiro com uma festa aberta a todos os devotos no Parque Cidade. Em todas as casas ou comunidades as pessoas fazem sua oferta que servirá para a organização da festa.

Características
A tradicional manifestação folclórica denominada Folias de Santos Reis tem origem com a colonização portuguesa no Brasil e com o passar dos anos vários elementos da nossa música tradicional caipira foram inseridos.
A peregrinação geralmente ocorre à noite lembrando que os Três Reis Magos foram guiados até a manjedoura com a ajuda da Estrela do Oriente (Mateus 2:9).
Os instrumentos usados pela Cia de Reis São Lucas são: viola caipira, violões, cavaquinho, bumbo, caixa, pandeiro, rabeca e acordeom, além das vozes em coro responsal. A Companhia de Reis conta ainda com dois palhaços Bastião e Barnabé e um alferes (bandeireiro), responsável pela bandeira símbolo que representa e distingue cada companhia.

Contatos

Os contatos com a Companhia de Reis São Lucas poderão ser feitos pelo endereço eletrônico: foliadereislimeira@gmail.com. Para acompanhar o roteiro, acessar os vídeos e visualizar mais fotos siga a Cia pela internet: Facebook: Folia de Reis São Lucas . You Tube: FOLIAREIS, Blog: www.foliadereislimeira.blogspot.com


Capa da edição 143 do Jornal Pires Rural


[Matéria publicada originalmente na edição 143 do Jornal Pires Rural, 17/12/2013 - www.dospires.com.br]

Estufa desaba com tempestade de verão




Uma forte chuva atingiu o bairro dos Pires na noite do dia 4 de dezembro. No Pires de cima muita lama correu pela pista e invadiu até tanques de armazenagem de água. Nos Pires de Baixo a chuva e os ventos puseram abaixo a estufa que estava no início do cultivo de hortaliças no sistema hidropônico. Para tentar analisar o que de fato ocorreu com essa estufa, mostramos as fotos ao professor Fernando Sala (foto abaixo), especialista no cultivo de hortaliças da Universidade de São Carlos, do Departamento de Biotecnologia e Produção Vegetal e Animal, do Centro de Ciências Agrárias (CCA), do campus da cidade de Araras.
Baseado nas fotos, Fernando nos respondeu alguma perguntas, tirando dúvidas e orientando com dicas para a montagem de uma nova estufa. Confira abaixo;



Jornal Pires Rural: Qual foi o principal erro na construção dessa estufa? 
Fernando Sala: Na construção dessa estufa foi usada madeira não tratada. Sugerimos fazer o uso de madeira tratada ou de ferro galvanizado. Além disso, aconselhamos procurar um lugar da propriedade "menor incidência"  de ventos. Se há local com quebra de vento natural, minimiza o problema.


Jornal Pires Rural: Existe uma maneira “caseira” de construir uma estufa e o que se deve levar em consideração? 
Fernando Sala: Pode ser feita de forma caseira sim, usando inclusive madeiras e ou bambu como arco, para colocar na proteção ao invés de arco de metal. Porém, deve ser muito bem feita, adotando práticas que evitem o desabamento com pouco vento. O fato importante aqui, é que pode ser "caseira", porém, deve partir de uso de materiais mais específicos e com uso de quebra vento ou local de menor incidência do mesmo. Como a estufa é caseira, ela é mais propícia aos ventos.
Analisando visualmente apenas as fotos, é difícil definir o que de fato ocorreu aí nos Pires. Será que o problema não foi acúmulo de água sob o plástico? Ou seja, a água foi empossando sobre o plástico e com o peso, veio abaixo. Parece-me isso. Para evitar que aconteça novamente sugiro fazer o uso de arcos mais próximos um do outro e usar o plástico bem esticado para evitar o acúmulo de água sob o teto da estufa.


Jornal Pires Rural: Qual a melhor maneira de prender os arcos? Em canos ou em troncos junto ao solo? 
Fernando Sala: O ideal não é prender ao solo. Isso é apenas para túneis baixos de plásticos e não em estufas altas. A melhor maneira de prender os arcos é em troncos, porém, antes de prender diretamente no tronco, há um "encaixe de cano" onde o arco entra.

Jornal Pires Rural: Quanto às bancadas, elas podem ser de bambu gigante? Existe algo mais prático? 
Fernando Sala: Pode, porém recomendo madeira tratada como usamos aqui no Centro de Ciências Agrárias. Acredito que a durabilidade do bambu, é pequena e em breve, terá de trocar. Entretanto, como disse, pode ser usado.



Jornal Pires Rural: O cultivo hidropônico em bancadas tem alguns segredos, a altura dessas bancadas referente ao solo influencia no desenvolvimento das plantas? 
Fernando Sala: Isso não tem problema. O ideal é que a queda de água seja em torno de 6 a 9%, ou seja, a bancada deve ter essa porcentagem de queda. Se o terreno onde foi instalada a estufa não permite essa inclinação, recomenda-se "cortar a bancada ao meio" diminuindo seu tamanho.

Jornal Pires Rural: Prof. Fernando, você tem conhecimento quanto a financiamentos para o agricultor familiar iniciar o trabalho com hidroponia? 
Fernando Sala: Não sei se existe específico para hidroponia, para estufa sei que tem. Deixo a dica que a hidroponia poderia vir junto, montado diretamente dentro da estufa.

Jornal Pires Rural: Qual a recomendação que deixa para agricultores que querem migrar da citricultura para o cultivo de hortaliças. Qual forma de cultivo é mais indicada: o sistema hidropônico ou o convencional de canteiros ao ar livre?
Fernando Sala: No canteiro ao ar livre é mais "fácil", apesar de ter mais perdas. O cultivo hidropônico exige técnicas mais aprimoradas e o produtor, enquanto não "aprender"  o processo irá depender da consultoria de um engenheiro agrônomo ou técnico especializado. O cultivo hidropônico é altamente tecnificado. Isso vai depender claro, do nível tecnológico de cada produtor.

Jornal Pires Rural: Que importância tem a busca de conhecimento para o agricultor que deseja começar em uma nova cultura? Por onde começar?

Fernando Sala: A busca por uma nova cultura por parte do produtor significa que ele quer "mudar e diversificar" e isso é fundamental e extremamente necessário nos dias de hoje. A crise da citricultura já era anunciada há anos. Alguns produtores, prevendo essas mudanças, partiram para a diversificação. Entretanto, isso exige do agricultor uma postura de “querer mudar”, buscar coisas novas, novas tecnologias, estar atento as exigências e necessidades do mercado. Acredito que o “querer mudar” é o primeiro passo, entretanto, para começar a andar, outros passos precisam ser dados, ou seja, devemos buscar e almejar essa mudança. Importante destacar que a mudança não é apenas na forma e cultura a produzir, mas exigirá conhecer o mercado que irá atender qual a forma de comercializar e ofertar sua produção, levando em conta que haverá concorrentes no setor.


Capa da edição 143 do Jornal Pires Rural


[Matéria publicada originalmente na edição 143 do Jornal Pires Rural, 17/12/2013 - www.dospires.com.br]


Fortalecendo o agricultor familiar através da organização



A associação Viva Pires conquistou o documento de Declaração de Aptidão ao Pronaf, a DAP Jurídica, no dia 11 de dezembro. A DAP Jurídica foi entregue durante reunião do Conselho Agrícola Municipal pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral - Cati Limeira, pela chefe, Carla de Meo. Trata-se da primeira e única associação em Limeira a conquistar a declaração certificada pelo Ministério Desenvolvimento Agrário. Com este documento a associação Viva Pires está apta a comercializar a produção do grupo de agricultores familiares para a merenda escolar do município.  Inclusive a participação nos Programas de aquisição de alimentos dos governos federal e estadual como o PAA e o PPAIS.
Para Marcel Menconi, presidente da associação Viva Pires, o pequeno produtor está enfrentando à crise na citricultura, principalmente com a migração para o cultivo de hortaliças. Mas esta mudança é sem planejamento e sem assistência técnica. O apoio que a associação vai proporcionar para os agricultores familiares locais chega num bom momento. " Conseguimos romper o mito de que o agricultor não quer se organizar. O pequeno quer se organizar, e se fortalecer. Apesar das dificuldades ele acredita na sua capacidade de enfrentar desafios e se fortalecer. Cansados de promessas, e com aporte legislativo do governo federal, aposta na parceria com o governo local para que possa efetivar o acesso aos Programas de Aquisição de Alimentos para continuar produzindo com dignidade, garantido sua renda mínima e permanecer no campo".
Aporte Federal
O Programa de Aquisição de Alimentos do PNAE destinado aos municípios para compra de alimentos para a merenda escolar, Lei Federal nº 11.947 de 16 de junho de 2009 e da Resolução/CD/FNDE nº 38 do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) de 16 de julho de 2009;  proporciona a compra de alimentos diretamente do agricultor familiar organizado, no valor máximo de R$ 20.000,00 por ano, para aqueles que disponham do documento Declaração de Aptidão ao Pronaf, DAP, expedido pela Cati. As compras são feitas através de chamadas públicas, e os recursos de pagamento estão garantidos no repasse que o FNDE faz a cada município anualmente. 



Capa da edição 143 do Jornal Pires Rural


[Matéria publicada originalmente na edição 143 do Jornal Pires Rural, 17/12/2013 - www.dospires.com.br]


Parceria entre ICMBio, UNESP e TNC oferece curso de “Modelagem de Corredores Ecológicos”

A turma representando 35 profissionais de 20 instituições

Encerrou dia 20 de dezembro, o curso Modelagem de Corredores Ecológicos e Pagamento por Serviços Ambientais. O curso está sendo oferecido pelo Laboratório de Ecologia Espacial e Conservação (LEEC) da UNESP de Rio Claro, em parceria com o Institito Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio/MMA) e a The Nature Conservancy – TNC Brasil. Tal iniciativa faz parte do projeto “Pagamento por Serviços Ambientais - Corredor das Onças”, coordenado pelo ICMBio no interior de São Paulo, e “Ecologia da paisagem: integrando ecossistemas e a urbe”, do LEEC/UNESP. Durante o curso os participantes aprenderão como mapear e identificar fragmentos florestais e áreas mais propícias para criar corredores de ligação entre esses fragmentos, os chamados “corredores ecológicos”. Também é objetivo do curso identificar áreas de maior importância para restauração ecológica em uma agenda de compensação ambiental regional.
Dentre os objetivos do projeto Corredor das Onças destaca-se conservar a biodiversidade e melhorar a qualidade e quantidade de água na região do interior paulista, reconectando fragmentos florestais e reflorestando as margens dos rios e suas nascentes. Com isto, melhoramos de forma significativa a qualidade dos serviços ecológicos das florestas na manutenção dos ciclos hidrológicos. O objetivo final é aumentar a produção de água e proteger a biodiversidade presente em uma das regiões mais industrializadas e urbanizadas do Brasil.
A produção de água de qualidade, por sua vez, resultará do próprio aumento da área florestada, bem como, do manejo adequado do solo com um uso agrícola mais sustentável.

Parceria
O curso de 40 horas, que acontece no campus da UNESP em Rio Claro, conta com a participação de 35 profissionais de 20 instituições entre gestores das prefeituras de Araraquara, Louveira, Rio Claro e Limeira, além de representantes de sete ONGs, entre elas a Viva Pires de Limeira e cinco instituições de ensino e pesquisa da região (Embrapa, ESALQ, UNESP, UNICAMP e UFSCAR). Ao final do curso, considerando o balanço entre custo de implantação e o benefício para a conservação da biodiversidade e manutenção dos serviços ecológicos essenciais para a sociedade, os participantes serão capazes de tomar a melhor decisão sobre quais áreas são prioritárias para conservação e restauração florestal, visando à manutenção do abastecimento de água na região. 

Produtores rurais

O projeto Corredor das Onças foi premiado pela Associação das Nações Unidas (ONU) pelos resultados obtidos até o momento. O sucesso do projeto, no entanto, depende da adesão de novos produtores rurais na região das cidades citadas acima, cujos proprietários queiram contribuir para a manutenção da qualidade ambiental da sua propriedade e da região ao entorno. Hoje são 12 propriedades comprometidas na manutenção e restauração de suas áreas de preservação permanentes (APP), recebendo total apoio do projeto para a adequação ambiental e restauração dessas áreas através de financiamento de compensação ambiental de empreendimentos implantados na região. Maiores informações sobre como aderir ao projeto, resultados obtidos e sobre o curso oferecido podem ser obtidas pela internet no endereço http://www.icmbio.gov.br/corredordasoncas/.


Capa da edição 143 do Jornal Pires Rural


[Matéria publicada originalmente na edição 143 do Jornal Pires Rural, 17/12/2013 - www.dospires.com.br]


Realização de obra nos Pires é resultado do Orçamento Participativo



Em setembro de 2012 o Jornal Pires Rural publicou na edição nº 115, uma reportagem com informações dos moradores que a ponte que divide o bairro, próxima a rotatória, estava em condições precárias. Muitos se queixavam que formavam poças d´água no local, pois a ponte estaria afundando em ambos os lados da estrada. Fomos até o local para confirmar a situação e constatamos uma erosão próxima a tubulação que canaliza o ribeirão dos Pires. Essa erosão também atinge parte do asfalto e para sinalizar aos condutores dos veículos, colocaram fitas zebradas e pedaços de tábuas da grade lateral que faz a divisão do caminho na área verde. Com o tempo, tanto as fitas zebradas quanto as tábuas foram desaparecendo. Na época da reportagem o secretário interino da pasta de Agricultura era o Sr. Tikara Okawada que disse estar ciente do problema afirmando que o prazo para realização das obras estava estipulado em 60 dias.
Passados 360 dias, nenhuma obra ocorreu. A oportunidade para que as necessidades do bairro dos Pires fossem apresentadas aconteceu com o Orçamento Participativo, sendo eleitos representantes de diversos bairros de Limeira.

Marcel Menconi, presidente da ONG Viva Pires, foi escolhido pelos moradores da comunidade do bairro dos Pires para representar a área rural, voluntariamente, e levar ao conhecimento do poder executivo e demais conselheiros de bairros da cidade de Limeira a realidade dos Pires. “Pelo Orçamento Participativo aconteceram diversas reuniões desde maio e inclusive foi realizada uma caravana de conselheiros pelo bairro, para constatar ‘in loco’ nossas necessidades”, salientou Marcel.  
Um dos assuntos pleiteado por Marcel Menconi, juntamente com a comunidade, foi melhorias nas estradas e a realização de obras para sanar a erosão dessa ponte, que faz a ligação entre o Pires de Baixo, do Meio com o de Cima.

A Prefeitura municipal de Limeira realizou diversas vistorias no local pelo SAAE, Secretária de Obras, Secretaria de Transporte e Secretaria de Agricultura, constatando que de fato o caso era emergencial. Por meio do secretário de Agricultura, Abastecimentos e Apoio à Zona Rural, Marcelo Coghi, dizendo que “a estrada tem um grande fluxo de veículos, principalmente nos fins de semana”, iniciou as obras no local, no começo de novembro.

Coghi explica que a realização do serviço está acontecendo com recursos próprios da pasta e que deverá resolver o problema existente. Sob a rotatória, passa o Ribeirão dos Pires, quando chove o fluxo de água é intenso e veloz, moradores e motoristas que passam pela estrada estavam preocupados com a possibilidade da erosão atingir a via. Segundo informou a Secretaria Municipal de Comunicações da Prefeitura, a obra é preventiva e a recuperação do trecho deve ser concluída nas próximas semanas. Será construída uma caixa para recepção das águas pluviais que escoam pela rotatória. Estas águas passarão por uma tubulação de ferro fundido, assim terão melhor fluxo no desnível de, aproximadamente, sete metros. No final dessa tubulação serão colocadas pedras grandes para redução da velocidade das águas, para que possam atingir o córrego sem causar erosão.



Orçamento Participativo

Pela primeira vez a prefeitura de Limeira implanta o Orçamento Participativo que é um mecanismo governamental de democracia participativa que permite aos cidadãos influenciar ou decidir sobre os orçamentos públicos. Em Limeira esse processo aconteceu em 22 assembleias realizadas, entre os dias 2 de abril e 15 de maio em 15 regiões na qual a cidade foi dividida. Essas assembléias elegeram 52 representantes sendo 29 titulares e 24 suplentes. Os participantes puderam priorizar até dois problemas para sua região e indicar um para a cidade como um todo. Após esse processo foi elaborado o Plano Plurianual referente ao orçamento municipal no período de 2014 a 2017, da cidade de Limeira, que foi enviado a Câmara dos Vereadores para ser apreciado. No valor de R$ 4,387 bilhões os vereadores incluíram mais 136 emendas parlamentares, aprovadas em primeiro turno. Até o final de novembro acontecerá o segundo turno de votação do Plano Plurianual, o PPA.


Capa da edição 142 do Jornal Pires Rural


[Matéria publicada originalmente na edição 142 do Jornal Pires Rural, 25/11/2013 - www.dospires.com.br]


O Conselho deve ser um espaço para discutirmos a realidade e enxergarmos horizontes e construir alternativas como soluções com vontade política para buscá-las, afirmou Hadich.





O prefeito Paulo Hadich deu posse aos membros do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural (CMDR), durante evento ocorrido na Coordenadoria de Assistência Técnica Integral - Cati, no dia 13; o mesmo entregou cópia do Decreto nº 436 do dia 4 de novembro de 2013, onde constam os nomes dos integrantes do conselho.

Na oportunidade o prefeito afirmou que a área rural de Limeira tem potencial para produção de alimentos. "Descobrimos dois produtores de orgânicos com a produção toda vendida. Então, vamos incentivar as pessoas para o fomento de orgânicos no município para que possam permanecer cuidando da terra, ajudando preservar os mananciais. Outro produto que eu quero começar a trabalhar depois da reforma administrativa junto com turismo e desenvolvimento rural, é o potencial turístico da nossa zona rural. As pessoas em Limeira gostam da zona rural", afirmou.

O assunto manutenção de estradas rurais foi destacado com a informação de recebimento de uma verba de 1 milhão e 20 mil reais destinada pelo deputado Marcelo Aguiar, a pedido do vereador Lemão da Jeová Rafá (PSC), o destino do recurso será exclusivo para manutenção de estradas rurais, além do orçamento municipal. O Consórcio Solidariedade (máquinas e caminhões para manutenção de estradas) chega ao município na segunda quinzena de novembro.

O Conselho deixa de ser da Agricultura e passa a ser de Desenvolvimento Rural. "O Conselho deve ser um espaço para discutirmos a realidade e enxergarmos horizontes e construir alternativas como soluções com vontade política para buscá-las", afirmou Hadich.
Sobre o problema das chácaras de recreio, o prefeito revelou que construirá 5000 moradias durante o seu governo com a intenção de que não façam uso da desculpa de que precisa morar na zona rural porque não tem moradia na cidade.

Membros do Conselho de Desenvolvimento Rural


Durante a reunião do Conselho, a chefe da Cati, Carla Meo, comunicou a 4ª Chamada Pública do Programa Microbacias II, do governo do Estado, para intenção de projetos para a agricultura familiar, desde que estejam organizados. A Chamada Pública exige 30% de contra partida por parte da associação e que o município pode pleitear uma agroindústria para beneficiamento do suco de laranja no valor de 800 mil reais. Na oportunidade João Fisher, presidente da APAL enfatizou que o valor citado não é o suficiente para instalar uma fábrica de suco de laranja, visto que, a associação deve dispor de contra partida.

Destacou ainda, as dificuldades em manter os associados da APAL motivados com os negócios que serão impulsionados quando o entreposto ficar pronto, que será construído com dinheiro do Programa Microbacias II, recebido em junho pela APAL. “A minha preocupação é que muitos associados da Apal estão arrendando pra cana. Nós vamos produzir o que? O pessoal está com um pé atrás", desabafou Fisher. 


Capa da edição 142 do Jornal Pires Rural


[Matéria publicada originalmente na edição 142 do Jornal Pires Rural, 25/11/2013 - www.dospires.com.br]


quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

FELIZ ANO TODO!!!


Feira Corujão de Rio Claro vai além da venda de alimentos


Iniciada em meados de dezembro de 2012, no amplo pátio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de Rio Claro (av. 58-A, nº 600, jardim América) a Feira Corujão foi uma solicitação dos agricultores familiares com o objetivo de vender a produção excedente. Uma vez por semana 17 agricultores e seus familiares se reúnem para vender pó de café, mel, ovos, linguiças, pães, pastéis, hortaliças, cachaça, frutas, legumes, pupunha em conserva e licores.
 Os agricultores formaram a Associação de Produtores Rurais de Rio Claro e região em 2012 (juntando produtores rurais de Limeira, Leme, Ipeuna, Cordeirópolis, Araras e Conchal), vendem alimentos através do Programa de Aquisição de Alimentos PAA, fornecem para a merenda escolar e para a Feira Corujão. A prefeitura municipal de Rio Claro oferece assistência técnica através do engenheiro agrônomo, um veterinário, uma assistente social, um galpão para separação dos alimentos para a merenda, uma cozinha industrial, está conseguindo verba para comprar equipamentos para o processamento dos alimentos. Desde o ano passado, o município oferece o Serviço de Inspeção Municipal - SIM (para alimentos de origem animal) com orientações para pequenas agroindústrias.



Segundo Maria Elena De Mori, assistente social, diretora de abastecimento da prefeitura de Rio Claro, quando a atual gestão assumiu em 2009, a secretaria de Agricultura não dispunha de dados dos agricultores familiares do município, a merenda escolar era terceirizada. "Não sabíamos quantos eram. Tínhamos os dados do Lupa, mas não acreditávamos por ser uma pesquisa da ‘porteira pra fora’, uma pesquisa aplicada com a finalidade de acesso a financiamentos, o produtor responde o que lhe perguntam. A secretaria firmou parceria com curso de geografia da UNESP, realizamos um levantamento das propriedades rurais, chegamos a 800 propriedades cadastradas, constatando a realidade econômica, social, cultural dos agricultores”, conta Maria Elena.
A partir do cadastramento formou-se a Associação com muitas dificuldades. "Os agricultores não acreditavam em nós. Precisávamos de 130 agricultores para realizar cadastro no Programa de Aquisição de Alimentos PAA do governo federal, não podíamos perder o prazo. Uma amiga do Vale do Ribeira nos ‘emprestou’ as Declarações de Aptidão ao Pronaf - DAP dos agricultores da cooperativa de lá para não perdermos a data e o Programa aqui. Para os agricultores venderem para a merenda escolar criamos associação regional, mesmo assim conseguimos entregar somente R$ 600.000,00 no primeiro ano, para uma demanda de 2 milhões", conta Maria Elena.
O passado é recente e os resultados foram gerenciados pela secretaria de forma que, com tantas possibilidades em aberto, os agricultores foram aderindo. Hoje estão registrando uma cooperativa com produtores de 11 municípios, com o objetivo dos produtores rurais não perderem oportunidades de vendas. "Conseguimos ter acesso a uma emenda parlamentar federal, a verba será destinada a compra de equipamentos para a cozinha industrial no processamento de alimentos. Estamos com outro espaço na cidade para mais um dia de feira. Um novo projeto "Agronegócio" em parceria com a Associação Comercial de Rio Claro para que o comércio local como supermercados, varejões e restaurantes comprem alimentos diretamente dos agricultores no espaço que montamos aqui na secretaria", afirma Maria Elena.


O casal André Camargo e Silvia Rossi, ambos zootecnistas começaram produzir linguiças caseiras em 2007. No início vendiam para familiares e amigos, incentivados pelos mesmos resolveram investir no negócio, mas na época o município não oferecia o Serviço de Inspeção Municipal - SIM. Desta forma não poderiam formalizar o negócio, um projeto com nome Linguiceria S.A. Procuraram a secretaria de Agricultura com o projeto, produção, consultoria do SEBRAE, estrutura em local próprio, orientados pelo veterinário da prefeitura, fizeram novas adaptações ao local. "Tínhamos medo de comercializar sem a inspeção, estamos participando da Feira do Corujão pela terceira vez, a partir de agora com o SIM, venderemos para o comércio. Acho que o município nos oferece mercado suficiente para nossa produção artesanal", afirma Silvia.

O Sr. Amadeo Gomes Filho, presidente da Associação dos Produtores Rurais de Rio Claro e região exerceu a profissão de marceneiro durante 20 anos, tomou a decisão de voltar para a área rural para se dedicar totalmente à produção agrícola. Para ele, a Feira Corujão é fundamental para os produtores rurais porque o agricultor vende os alimentos diretamente para o consumidor com valor agregado, oferecendo alimentos frescos e de qualidade, fidelizando clientes, garantido as vendas durante a semana. "No meu caso, o plano do governo para fixar o homem no campo deu certo porque eu voltei para o campo. Deixei a profissão de marceneiro e voltei a produzir alimento porque agora me sinto muito mais seguro por ter a quem vender o que produzo", afirma Amadeo.


Capa da edição 141 do Jornal Pires Rural


[Matéria publicada originalmente na edição 141 do Jornal Pires Rural, 01/11/2013 - www.dospires.com.br]


Operação da GCM no bairro dos Pires


Uma operação da Guarda Municipal, juntamente com o departamento de trânsito e secretaria de meio ambiente esteve rodando pela região rural visando conter a onda de furtos e crimes pelo bairro dos Pires, em primeiro de novembro.
O saldo da operação ainda não foi contabilizado, pois até a conclusão da edição do Jornal Pires Rural edição 141, não haviam terminado a operação. Os dados preliminares dão conta de que cerca de 30 veículos foram averiguados, cerca de 60 pessoas abordadas e foram detidos 3 indivíduos, pois conduziam motocicletas suspeitas, que averiguado, uma delas era produto de furto no mês de setembro. De acordo com o coordenador da operação GCM Coimbra é provável que “o elemento que conduzia a moto Titan seja preso por receptação ou furto, pois a apresentação está em curso”.
Coimbra também salientou que “essas operações serão continuas, em lugares alternados da área rural, com o objetivo de coibir os furtos nas chácaras e será intensificado com palestras pelo coordenador da GCM Ângelo, orientando as pessoas em como agir com segurança, proteger seus familiares e sua residência bem como, evitar crimes ambientais. Já foram realizadas duas palestras e estão sendo agendadas outras. Quem tiver interesse é só entrar em contato com a secretaria de segurança pública”, destacou.

Ao todo essa operação envolveu 16 guardas municipais, lotados em viaturas e motocicletas, além de agentes do departamento de trânsito e secretaria de meio ambiente.

Capa da edição 141 do Jornal Pires Rural


[Matéria publicada originalmente na edição 141 do Jornal Pires Rural, 01/11/2013 - www.dospires.com.br]


“A polícia está presente, está fazendo abordagens, bloqueio, estamos orientando as pessoas”

Estas são as palavras do Tenente Costa Pereira, que está assumindo interinamente a 5ª Cia da PM, cuja área de atuação é o Bairro dos Pires e região em uma entrevista onde preocupados com o aumento do furto a residências, moradores da área rural, principalmente no Bairro dos Pires, abordaram a questão em reunião recente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) Central, com o pedido de providências às autoridades.

Bloqueio da PM no Bairro dos Pires.


Os relatos durante a reunião foram de que os imóveis viraram alvo, agora, aos finais de semana, com criminosos se aproveitando da ausência dos moradores. Um dos moradores disse que “na manhã de sábado, o alambrado de uma residência do Bairro dos Pires foi cortado para que os ladrões acessassem o imóvel, onde "fizeram a limpa". Os suspeitos usavam uma caminhonete, levaram tudo o que o morador tinha. Conforme o relato de vizinhos, outra vítima também teve um arrastão em casa, durante a tarde”. Os objetos levados pelos criminosos foram compressor, cortador de grama, motosserra, televisor, celular, mas a indignação é que os ladrões levaram também roupas, além de todos os eletrodomésticos.

Para saber quais as providencias que estão sendo articuladas pela Polícia Militar, conversamos com o Tenente Costa Pereira, que relatou, “o Conseg é um canal de comunicação muito importante para expor nosso trabalho e ouvir da comunidade suas queixas. Infelizmente não pude estar presente nessa reunião do Conseg, pois no dia estava assumindo o comando, aqui da 5ª Cia.”

Sobre a preocupação dos moradores o ten. Costa diz estar ciente, “eu recebo relatos sobre a sensação de insegurança e a atitude para atender essa demanda, hoje, é a colocação de mais uma viatura da PM, além do trabalho da equipe da Patrulha Rural que já é constante, eles rodam uma media de 200 km por dia. Essa nova viatura de apoio é uma Ronda Escolar para fazer o patrulhamento da parte urbanizada da área rural, sendo a via Martinho Lutero, Pires de Cima e de Baixo, além do bairro dos Frades. Gostaríamos de ter muito mais, mas a demanda da área urbana está grande e exige nosso empenho”.

O tenente relatou alguns números, da 5ª Cia, sobre a criminalidade, “em outubro, na área urbana tivemos 35 roubos de veículos, e furtos a residência, de maneira geral, apenas 29. Então, eu acredito que não está sendo registrados, pelos moradores, os Boletins de Ocorrência, por esse número ser baixo, em relação à extensão da área da 5ª Cia. A população estimada na rural pertencente a 5 ª Cia são 12.000 pessoas. Para nós é importante que se elabore o Boletim pois ele é o nosso índice de trabalho”.
Ainda, segundo o Tenente Costa “a possibilidade que temos é aumentar o policiamento ostensivo para estar mais presente e o ladrão que está com a intenção de roubar a propriedade veja a viatura da PM e abandone sua ação. Mas existe aquele marginal que está rondando a localidade com carro legalizado, sem muitas suspeitas, levantando as informações dos lugares mais vulneráveis pra voltar numa oportunidade e praticar o crime. A polícia está presente, está fazendo abordagens, bloqueio, estamos orientando as pessoas a tomarem certos cuidados com suas propriedades, mas o ladrão vai agir no momento em estivermos vulneráveis”.

Tenente Costa também salientou que na área urbana a demanda por atendimento é grande “tem momentos aqui que temos 10 atendimentos e apenas 5 viaturas. Trabalhamos sempre com remanejamentos de viatura e soldados. É uma matemática e nosso medidor é o índice criminal, se não há dados não fazemos incremento. Estamos sabendo dos furtos da área rural pelos meios de comunicação e quero estar na próxima reunião do Conseg para explicar isso aos moradores. E voltando a dizer, os ladrões não saem à toa pra encher a sacola, eles têm informações, eles sondam os lugares, eles estudam o querem e de que forma vão conseguir e se vêem a nossa viatura, nesse trajeto, trocam de lugar ou até de cidade, mas não vão trocar de profissão”.

Em relação às pessoas suspeitas o tenente da PM orienta “aqueles que virem um carro suspeito na localidade, uma pessoa em atitude estranha, comuniquem a PM. Nós temos duas formas de contato para a área rural o telefone Nextel (7811-6377), que é a forma mais eficiente, quanto ao tempo, porque chega diretamente aos Policiais e a outra forma é o número 190, funcionando 24hs por dia, o que não ocorre com o celular Nextel, por que ele só está ativo quando está na escala de trabalho dos policiais, que hoje é das 13hs a 1 da manhã”.

Para finalizar tenente Costa Pereira gostaria de deixar um convite para os moradores que quiserem “venham conhecer a 5ª Cia, temos o mapa da área de nossa atuação. Gostaria de explicar nossa demanda de trabalho e entenderem como fazemos, na medida em que temos os nossos equipamentos procuramos atender da melhor forma a comunidade”, destacou o policial.

Capa da edição 141 do Jornal Pires Rural


[Matéria publicada originalmente na edição 141 do Jornal Pires Rural, 01/11/2013 - www.dospires.com.br]


 

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