Jornal Pires Rural - Há 13 anos revelando a agricultura familiar

domingo, 29 de março de 2015

Muares Delgado

Soubemos por aí, que na área rural de Limeira tinha um criador de mula “dos bons”. Mexemos alguns pauzinhos para chegar até eles. Encontramos, instalados no bairro Delgado, vizinho da Água Espraiada, Frades e Pinhal. Descobrimos Sergio Delgado e seus filhos. Eles estão criando e domando mulas e burros, há uns três anos. Algo bem raro de se encontrar em nossa região (Limeira, Artur Nogueira, engenheiro coelho, Cordeirópolis, Americana).
Com a desativação do barracão de laranja, de onde Sergio obtinha renda, Vitor, um de seus filhos, resolveu montar baias para aluguel e para os burros que seu pai acabara de comprar. Como gosta desse tipo de tarefa, Vitor ficou incumbido de tratar e mimar os animais.


Família Delgado

Felipe, outro filho de Sergio, mais corajoso, resolveu encarar a doma dos burros e mulas chucras de seu pai e da redondeza. Garoto novo, apenas 15 anos, e dono de uma técnica invejável de doma, Felipe foi incentivado por todos na família. “Não existe ninguém que faça esse trabalho em nossa região”, destaca o pai, “Saímos a procura de quem tinha a técnica para domar esses animais. Encontramos o Paulinho, um domador antigo, que está lá na balsa (se referindo ao bairro das areias, divisa de Limeira com Americana). Mas é aquela doma antiga, quase se mata de tanto puxar, punha pano na boca. Hoje, você pode ver, não se faz força. Levamos o Felipe até Águas de São Pedro, com o Zé das pontes, outro senhor de idade, fez um curso de rédea com ele. Depois teve o rapaz de Itapira/Posse (Santo Antonio de Posse). O cara de Itapira é um artista na doma. Foi aí que o Felipe pegou bem. 

Muar

 Teve também o gaúcho de Jaguariúna, veio aqui dar dois dias de curso, cobrou caro”, retala Sergio Delgado, sobre o apoio que deu ao filho para que ficasse tinindo ao domesticar os animais chucros, que no mínimo leva-se 5 meses de trabalho diário. Enquanto Sergio falava Felipe foi chegando de mansinho com seu burro Torpedo e começou a espinar, (rodopiar em torno de si mesmo) deu umas oito voltas, parou e começou a relatar que desenvolveu sua técnica com o que esses professores tinham de melhor, “o objetivo é ter uma doma de burros acima dos cavalos porque quando o burro é leal ao dono ele é melhor do que o cavalo”, relata.
Em seu muar, Sergio, está hoje com oito animais, mais duas éguas paulista e um jumento pega. Pode-se perceber que os burros/mulas são animais de porte, são altos, fortes, pelagem brilhante, cores cintilantes. É um tipo diferente daqueles estereótipos que puxavam carroças, todo miúdo, com ar de vitimas sofredoras. Os Delgados procuram ter animais de cruzamentos de jumento pega com égua paulista por isso essa diferença no porte do animal. Só lembrando que burro não enxerta e mula raramente cria, por isso os cruzamentos são feitos com éguas. “Hoje em dia a clientela esta querendo um animal que dê uma marcha suave de passos para frente, comprido, não como aquelas mulazinhas de passos ligeirinhos e curtos”, explica Sergio. Sobre os cruzamentos ele ainda relata sobre o jumento pega que provem da linhagem do acasalamento dos animais nacionais de pequeno porte com os vindos da Espanha que são bem maiores, fortes e de muito trote.


Felipe, outro filho de Sergio,  resolveu encarar a doma dos burros e mulas chucras de seu pai e da redondeza

MARCHAS
Eles estão preparando dois animais para levar até Belo Horizonte (MG), para o campeonato nacional que acontece uma vez por ano e tem um carro 0 km como prêmio. “Se um animal vier a ganhar o campeonato de Belo Horizonte seu preço pode passar dos R$50 mil. São diversos dias de competição e várias etapas eliminatórias”, conta Sergio. Recentemente participaram de provas em Indaiatuba (5º lugar), em Bragança Paulista e pela segunda vez pegando o quarto lugar. Nessas provas, dizem eles, participam mais para ganhar nome e tornarem-se conhecidos além, de observar as mulas dos concorrentes.
Em seu muar, além do aluguel de baias, eles preparam as mulas para passeios, provas, marcha e como falam por aí as mulas para a lida de criação, que são muito “corredeiras” para lidar com o gado no campo.
Fazem o trabalho com todo amor e prazer. O apoio do pai também é motivador, é para que os filhos permaneçam no sítio, tocando e fazendo o que gostam, perto de casa. Pode-se dizer que os Delgados estão se tornando conhecidos e referências em nossa região ao criar e domesticar esses animais.


Matéria publicada originalmente na edição 34 do Jornal Pires Rural, 29/01/2007 - www.dospires.com.br]

Em comemoração aos 10 anos do início do Jornal dos Pires, logo acrescentado o Rural, tonando-se Jornal Pires Rural, estaremos revendo algumas das matérias que marcaram essa década de publicações, onde conquistamos a credibilidade, respeito e sinergia com nossos leitores e amigos. 
Quase sem querer iniciamos um trabalho pioneiro para a área rural de Limeira e região, fortalecendo e valorizando a vida no campo, que não é mais a mesma desde então…

Empresas e o terceiro setor

No ramo corporativo, os grandes sempre influenciaram os pequenos. Há um bom tempo paira um consenso, das grandes empresas, de que é preciso ajudar aos mais carentes através  de uma maneira mais eficaz, do que a pratica assistencialista e filantrópica.
Produzir lucros, empregar pessoas e pagar impostos não são mais suficientes para as empresas serem bem aceitas no mercado. O aumento da competição e dos níveis de exigências dos funcionários, clientes e consumidores provocou no cenário corporativo um quadro mais desafiador.

Os bons negócios estão introduzindo a responsabilidade social corporativa para se tornarem sustentáveis. O coração da sustentabilidade nos negócios se apóia em três quesitos:desenvolvimento social, responsabilidade ambiental e viabilidade das empresas. Para alguns, todos esses temas podem parecer bixos-de-sete cabeças, mas que na realidade são termos aplicados para desenvolver ações em setores da sociedade de que o apenas governo federal, estadual e municipal não tem mais condições estruturais para tomar conta, ou seja, fugiu de seu controle.
Agora, está na mão da sociedade tomar conta dela própria. Nessas condições, surge o terceiro setor. Basicamente, o primeiro setor é o governo e repartições públicas o segundo setor compreende as empresas privadas e o terceiro setor, citado acima, são organizações criadas para prestar serviços ao público em áreas como: saúde, educação, cultura, direito civis, moradias, proteção ao meio ambiente e desenvolvimento de pessoal. Portanto essas organizações do terceiro setor, de natureza privada e finalidade pública, miram o ser humano e a sua dimensão sociocultural. É nesse popnto que as engrenagem dos setores tem que se encaixarem. Aquilo que deveria ser papel do primeiro setor fazer, por infinitos motivos, coube ao terceiro setor dar seqüência com recursos financeiros e voluntários do segundo setor.


Produzir lucros, empregar pessoas e pagar impostos não são mais suficientes para as empresas serem bem aceitas no mercado


Está responsabilidade social que estamos falando não é uma tarefa fácil, é preciso um certo dom, paciência, viver de fé e muito profissionalismo além de respeito ao próximo. Por isso o comprometimento de empresas do segundo setor é primordial para o desenvolvimento da sociedade através das organizações dar o suporte a proteção do meio ambiente ou o desenvolvimento de uma comunidade carente por exemplo. Alis, exemplos é o que não faltam, são projetos musicais como o Olodum na Bahia e o Afroreggae no Rio de Janeiro, ou um curso profissionalizante de confeiteiro para jovens recrutados da periferia de São Paulo. São projetos desenvolvidos pelas organizações em conjunto com empresas ou governo.
Já é um assunto divulgado mas vale lembrar que o caminho para a saída da pobreza passa pelo envolvimento das pequenas e medias empresas, reponsaveis por 41% dos empregos com carteiras assinadas gerados no Brasil, segundo dados do Sebrae. Se por um lado falta a esses pequenos poder de influenciar governos, obter condições mais vantajosas de produção por outro sobra entendimento da cultura local, onde estão instalados, e os torna mais aptos a medir riscos e avaliar assuntos pertinentes a região em que se inserem. É evidente que os pequenos negócios podem se tornar referência difundindo praticas sociais e obtendo um efeito dominó entre seus pares.
É um assunto muito amplo, não se esgota e esta sempre em evolução. Nossa missão aqui é trazer para o debate e conhecimento da sociedade como é abordado e desenvolvido esse assunto em nosso bairro, na nossa cidade e outras partes do planeta.
Mas é muito bom saber que envolver a sociedade e trazer melhoria essências para a vida de cada um não é bicho-de-sete-cabeças, mas pode ser sete cabeças tentando achar soluções para matar a fome, o desemprego, desmatamento, falta de moradia oferecendo oportunidades para uma vida digna e confortável que todo merecem.
As pequeans e médias empresas, assim como as grandes fazem, devem pensar estrategicamente como usar a responsabilidade social para beneficio próprio sendo uma empresa cidadã. Investir em projetos de organizações que cuidam do social é saber que no final das contas e no longo prazo, significa lucros maiores. Pense nisso e aguarde o próximo artigo.


Matéria publicada originalmente na edição 34 do Jornal Pires Rural, 29/01/2007 - www.dospires.com.br]

Em comemoração aos 10 anos do início do Jornal dos Pires, logo acrescentado o Rural, tonando-se Jornal Pires Rural, estaremos revendo algumas das matérias que marcaram essa década de publicações, onde conquistamos a credibilidade, respeito e sinergia com nossos leitores e amigos. 
Quase sem querer iniciamos um trabalho pioneiro para a área rural de Limeira e região, fortalecendo e valorizando a vida no campo, que não é mais a mesma desde então…

As carroças Marchini

Sr. João Marchini trabalhou vendendo verduras com sua carroça durante 40 anos. Aí resolveu mudar de profissão. Por revirar, em sua infância, nas coisas de carpinteiro de seu avô e vê-lo manusear as ferramentas, pegou pratica no trabalho com madeiras. Sr. João é um sujeito de muitas noções. Quando montou sua oficina para trabalhar na manufatura de charretes e carroças, foi ele quem construiu o maquinário como a furadeira e outros que utilizou como ferramentas em seu serviço. “Comecei em 1978, tenho muito conhecimento, fiz máquina para emparelhar madeira. Alugava umas máquinas, que tinha construído, para fazer tamanco de madeira com tiras de couro. Conheci de tudo um pouco. desde trabalhar na roça até forjar a ferragem”. Sr. João também consertava charretes. Teve diversos cavalos e charretes. Ele mesmo amansava seus animais. “Colocava eles na charrete e saía andando”, conta. Sua charrete disse não tem mais “nem a sombra” relata em tom bem humorado.


Carroça do Sr. João

Sua oficina, hoje em dia, quem toca é seu filho João Luís Cavinato Marchini que também já fez máquinas para trabalhar na construção das carroças. Segundo ele, toda a execução de uma charrete é feita artesanalmente e hoje ele tem as máquinas, a eletricidade, mas “antigamente era tudo lavrado à mão, no serrote, formão, talhadeira”.
A freguesia, na época de seu pai, eram pessoas que moravam no sítio e que encomendavam carroças e charretes e havia muitos consertos também. Segundo Sr. João “foi um período de luta, viu? Graças a Deus, foi bem, deu tudo certo. Hoje estamos aí”.


Sr. João Marchini, montou sua oficina para trabalhar na manufatura de charretes e carroças

 Seu filho nos conta que acompanhava o pai quando saía para vender verduras. “Ele tinha uma grande freguesia, mas eu me envolvi mais com a oficina dele”. Ele tem uma grande responsabilidade em mãos que é manter a tradição e o sustento da família com o que herdou. E por falar em herança, no ano de 1973, eles adquiriram um caminhão Chevrolet ano 51 que está com eles até hoje e “funcionando”.

Uma das heranças da família Marchini, caminhão Chevrolet ano 51

João Luís costuma usar a madeira de garapeira para construir suas charretes de passeios, que são as mais procuradas. “Minhas charretes são totalmente pintadas, tanto ferragens quanto as partes de madeira. A parte de tapeçaria divido a metade do serviço com um amigo. Uma charrete boa de acabamento, boa de qualidade, fica no valor de R$2200,00. Existem as mais caras com ferragens cromadas, etc. Eu cheguei a fazer um trole pra mim. Não copiei modelo de ninguém, cada detalhe foi criado tudo da minha cabeça. Vendi ele mês passado para um empresário que ia usar para distribuir presentes com o papai Noel”.

Trole feito pelo Sr. João

Perguntado se tem que levar o cavalo para tirar as medidas antes de fazer a charrete, ele diz que não é necessário, pois, mesmo sem saber o tamanho do animal, suas charretes servem tanto para animais de porte médio quanto grande.


Matéria publicada originalmente na edição 33 do Jornal Pires Rural, 15/01/2007 - www.dospires.com.br]

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A venda de orgânicos nos mercados

O setor que envolve toda a cadeia de produtos orgânicos está em plena mudança. De um lado, a gestão das grandes redes, de outro a visão dos agricultores. E ambos tentando se adequar às necessidades dos consumidores.
De acordo com o mercado varejista, a parcela de consumidores desse setor ainda é pequena, tem alto poder aquisitivo e os produtos variam com preços de 20 a 50% maiores que os “não orgânicos”. A preocupação dos consumidores é com a origem desses alimentos expostos nas prateleiras.

De olho na tentativa de elevar as vendas de produtos orgânicos as principais redes de varejo do país querem propor algumas metas para os produtores objetivando superar algumas falhas de escala dos fornecedores, além de criar suas próprias marcas de produtos orgânicos e light, e divulgá-los através do apelo de produtos saudáveis enxergando neles algo a mais como artigos de bem estar.
Nos laços com os agricultores, algumas redes, através de ações como incentivar os produtores a aumentarem a quantidade de produtos ofertados, têm oferecido a logística de seus sistemas de distribuição na tentativa de reduzir o tempo de entrega para aliviar os preços. Esperam metas de crescimento real acima de 5% ao ano e ampliar os itens oferecidos de 150 a 600 tipos diferentes. Mas alguns seguem cautelosos no mercado, temendo que preços baixos inviabilizem seus negócios


A preocupação dos consumidores é com a origem desses alimentos expostos nas prateleiras


AGRICULTORES
Em um mercado recheado de pequenos a médios produtores a insegurança é se irão vender seus produtos e se terão poder de barganha na hora de negociá-los. Os preços acabam maiores porque a oferta é limitada e a produtividade menor. Em alguns casos o panorama pode mudar pelas variações climáticas. O desafio de negociar no mercado interno é ganhar escala para baratear os produtos e torná-los mais acessíveis, elevando as vendas. Outro problema dos agricultores é a falta de condições de escoar a produção para outras regiões do país o que, em parte, explica a escassez de orgânicos nos supermercados, do Nordeste. Para garantir vendas nos supermercados os agricultores concordam que as estratégias de vendas nesses locais precisam ser eficazes, como a criação de espaços apenas para produtos orgânicos aliando eventos como degustação e campanhas de conscientização para ajudar os consumidores na hora da compra.
Mas um ponto onde todos concordam, quanto à questão da informação, é na falta de regularização de diretrizes para o setor. Uma lei aprovada em dezembro de 2003, que traria mais credibilidade ao setor, ainda não foi regulamentada pelo governo.


Matéria publicada originalmente na edição 33 do Jornal Pires Rural, 15/01/2007 - www.dospires.com.br]

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O sabor exótico da pitaya

Considerada fruta exótica em diversos aspectos - como não ser original do Brasil -  a Pitaya têm sido cultivada entre adeptos desse tipo de cultura.

Conhecida também como fruta do dragão, é originária da América Tropical, sendo os seus maiores produtores a Colômbia e o México. Tem cultivo fácil, aparência e cores chamativas e sabor doce, suave e um tanto estranho. Nas palavras de Edmilson Porreca, “se assemelha ao kiwi e champagne” é o sabor da fruta que cultiva em sua chácara no bairro dos Pires. O pé da planta é semelhante a um cactus, crescendo como uma planta trepadeira. Deve-se plantá-las com estacas e em qualquer época do ano; apresentam várias espécies que variam no paladar, além de produzir flores noturnas de rara beleza.

Fruto Hylocereus Undatus, tem polpa branca com minúsculas sementes pretas parecendo um sorvete de flocos


Segundo Edmilson “é uma frutífera bastante resistente a pragas e doenças. Para adubação das plantas só uso esterco de gado curtido. Não uso nenhum produto químico”.
A frutificação da Pitaya está entre os meses de dezembro a maio. São empregadas para preparar sorvetes, iogurtes, doces, marmeladas, geléias, sucos, refrigerantes ou, se quiser, pode comê-la fresca. Atribuem-se propriedades afrodisíacas e curativas, em especial a gastrite. No processo de frutificação, a planta “solta” uma flor de aparência bem exótica, grande, amarelo- esverdeada, lembrando aquelas plantas carnívoras de desenhos animados.


Fruto Hylocereus Undatus, vermelho por fora e branco por dentro
Logo abaixo dessa flor é onde se forma o fruto. Quando pronto para colheita, sua aparência se assemelha a de uma alcachofra de cor berrante predominando o tom vermelho. De acordo com ele “das várias espécies existentes, a que cultivo aqui é a vermelha por fora e branca por dentro, com nome cientifico de Hylocereus Undatus. As outras são amarelas, a rosa conhecida por Pitaya do cerrado e as Hylocereus Polirizus e Hylocereus Costaricemis que são vermelhas por dentro e por fora”. A espécie cultivada por ele tem polpa branca com minúsculas sementes pretas parecendo um sorvete de flocos. Edmilson descreve que “ela é uma fruta de efeito digestivo”. Assim, se seu almoço foi uma bela churrascada, ao final você poderá se deliciar com uma Pitaya ao natural, com seu sabor doce, suave e exótico.

Uma Pitaya ao natural, com seu sabor doce, suave e exótico

Edmilson descreve ainda que tem a produção de mudas, que são retiradas das plantas adultas. É possível vender a fruta entre R$10,00 e R$12,00 o kilo. “Sempre me procuram querendo arrematar minha produção. Tenho venda garantida”. 


Matéria publicada originalmente na edição 33 do Jornal Pires Rural, 15/01/2007 - www.dospires.com.br]

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A arte em traços livres

Observando os detalhes de arte em objeto em desusos hoje em dia, o artista buscou em si a certeza do que queria ser quando crescer. João Fernando Barbosa de Godoy mirava atentamente as capas dos Lp´s (long play/ vinil, aquele disco preto antes do cd) de artistas estrangeiros de rock sinfônico que procuravam retratar nelas paisagens lunares, lunáticas, com suas cavernas, fontes, animais exóticos e traçava com canetas Bic (azul, vermelha, verde e preta) seus primeiros desenhos para os artistas de seu imaginário. Assim surgiu o Studio JB Godoy de Designer Gráfico. “O designer gráfico, é um desenhista que vai desenvolver peças gráficas, como programação visual de uma determinada empresa. Sua logomarca, nome da empresa, a fachada, cartões de visita, papel de carta. Além de anúncios de revistas, outdoors, jornal, tudo ligado à parte gráfica e hoje em dia a web (internet)”, descreve Godoy sobre sua profissão.
Godoy é formado em publicidade e se especializou na área de desenho que é composta por um leque enorme de opções.
Em seu studio ele ministra aulas de desenhos, ilustrações para crianças (a partir de 10 anos), adultos e para quem vai prestar vestibular de arquitetura, designer, artes plásticas e moda.
“Não precisa ter um dom. Qualquer criança gosta de desenho, é uma linguagem, vêm aqui para desenvolver e aprimorar. Aqueles que têm um certo dom, vão aprimorar mais rápido e fácil, como na música. Mas todos têm  facilidade de aprender e ter noção do que é desenho”, cita Godoy.

As etapas das aulas de desenho vão desde a orientação de como apontar um lápis, aos vários tipos de papel, como observar os detalhes de cada objeto, noção de luz e sombra, noção de espaço, proporção e de como isso vai parar no papel. Trabalham as chamadas técnicas “secas” que são os lápis grafite, lápis de cor, pastel seco na seqüência a técnica “úmida” como nanquim, guache, aquarela e acrílico sobre tela.

Obras do artista, trabalhadas na chamada técnica “seca” com lápis grafite

SÍMBOLOS VISUAIS
Godoy acha que o outdoor polui visualmente as cidades. Ele até cita uma lei que está para entrar em vigor que proibiria o uso dessa mídia em determinadas cidades com certo número de habitantes. Ele acha que os publicitários terão que imigrar para outros símbolos visuais que não agridam tanto a paisagem.
Quanto a vitrines das lojas, orienta que os comerciantes devem tomar um certo cuidado nos materiais usados, pois a tendência está tornando-as iguais.
“Aqui em Limeira existem ótimos profissionais que estão desenvolvendo trabalhos muito interessantes”, comenta.
Neste Natal ele cita que está crescendo o número de empresas que estão aderindo às correspondências eletrônicas, ou seja, aquele velho e carinhoso cartão de natal está chegando por e-mail aos clientes preferenciais. Isso devido a programas de computadores que geram arquivos com desenhos animados. “Tudo é a necessidade do desenho. Mesmo usando o computador, não quer dizer que o desenhista está descartado. A máquina é apenas uma ferramenta; é preciso alguém capaz, profissional estudado para operar esse equipamento para que saia um bom trabalho. Pra isso tem que ter noção de sombra, luz, perspectiva, etc”, define Godoy, como deve ser um profissional.

O designer gráfico João Fernando Barbosa de Godoy em meio as suas obras

Para explicar cientificamente como são os artistas é simples: pessoas que têm o lado direito do cérebro ativado, estimulado. “Exatamente” – empolga-se Godoy. – “desenho, música, poetas e escritores são pessoas que ativam essa parte do cérebro”.
Atuando nessa área desde 1986, somente em 1992 ele abriu seu studio para as aulas de desenho. Para complementar seus estudos Godoy, resolveu dedicar-se à cerâmica que esta estudando desde 1998, em cursos nas cidades de Campinas e atualmente em Piracicaba. “O trabalho com cerâmica é muito prazeroso. É algo tridimensional, você pode manipular a argila, diferente do desenho. A argila é viva, você modela a massa da forma que quiser, tem mais liberdade para se expressar. Quando vai ao forno, na queima, você terá uma surpresa agradável ou não, pois, depende de diversos fatores, como temperatura ambiente, se está chovendo ou não, a composição química da argila, cada hora pode acontecer algo diferente. É aí que está o segredo, o fascínio em trabalhar o barro. Nunca se torna algo repetitivo. Isso te anima a desenvolver mais conhecimento. Acho interessante, é algo a que estou me dedicando no momento”, revela o dedicado e batalhador JB Godoy.

Sua logomarca

Alem de ter trabalhado em algumas agências de publicidade, Godoy, como artista plástico, já participou de diversas exposições. Em Limeira esteve com obras no SLAC (Salão Limeirense de Arte Contemporânea) nas edições de 1979, 1986 e 1989. Em Piracicaba obteve medalha de bronze no Salão de Belas Artes, no ano 1990. Outra medalha de bronze em 2001 no Salão Barbarense de Artes Plásticas. Possui trabalhos espalhados por vários países como Alemanha, Estados Unidos e Japão.
Godoy é um grande profissional, uma pessoa de alma serena e ar misterioso, incógnito como todo artista. Você que é leitor do Jornal dos Pires pôde presenciar uma criação dele desde o número 16, pois é dele a criação do logotipo de nosso tablóide.


Matéria publicada originalmente na edição 31 do Jornal Pires Rural, 14/12/2006 - www.dospires.com.br]

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MINISTÉRIO PÚBLICO INSTAURA INQUÉRITO CIVIL PARA APURAR A PRÁTICA DE CRIME AMBIENTAL NA LAGOA DO JARDIM DO LAGO

A Associação dos moradores do Jardim Aeroporto recebeu confirmação de seu pedido de Instalação de Inquérito para apurar a prática de crime ambiental na área situada entre o Jardim do Lago e o Jardim Aeroporto, onde existia duas lagoas. A área está recebendo obras referentes ao projeto de revitalização da área pleiteado pela Associação numa longa luta de reinvidicações que inclui a denúncia junto ao Ministério Público.
A carta da confirmação da 6a  Promotoria de Justiça de Limeira, ofício no 156/06 – 6a P é motivo de reconhecimento de uma luta incansável pela revitalização da área, conta Luiz Gomes da Silva Filho, conselheiro fiscal da Associação. O mais importante de toda essa história feliz é que a população não abandonou o local, pelo contrário, passaram  ocupar o local para prática de lazer mesmo com a precariedade apresentada. Durante todo o período de luta, a população esteve presente no local afirmando a importância daquele lugar  a vida da comunidade. Luiz nos descreveu todo o processo de luta percorrido pela Associação para que pudessem garantir que a obra fosse realizada.

” As Associações de Bairro que não quiserem aprender com a gente nos faz pensar que mantém um vínculo com a Prefeitura ou não quer executar o seu verdadeiro papel frente á comunidade que representa”, afirma Luiz.

Lagoa do Jardim do Lago, pedido de Instalação de Inquérito 


O caminho percorrido começou com um abaixo-assinado em 2004. No mesmo ano o tema da Campanha da Fraternidade era  Água: Fonte de Vida. A mobilização para o referido problema relacionado á água no bairro foi realizar a via sacra no local da antiga lagoa, local que o lixo estava matando a nascente (afluente do Rio Piracicaba).
Na Câmara Municipal, a Associação participou da tribuna livre e lançou o convite para a comissão de meio ambiente ir até o local para avaliar a gravidade do problema. Alguns vereadores compareceram ao local juntamente com a comissão.
Dando andamento ao processo de mobilização no local surge o projeto da 1a Ecoatividade, na semana do meio ambiente. A organização envolveu a comunidade, comércio local e escolas da região. 
Durante esse período a Associação teve incansáveis conversas com a Secretaria do Meio Ambiente e a orientação que receberam foi de procurarem pelo Programa Limeira Saudável, pois os mesmos dispunham de uma verba para uma ação na comunidade que fosse de suma importância para o município. A Associação se colocou através de uma carta de intenção apresentando toda a problemática e importância de toda a execução do Projeto para o município. Desta forma o Projeto do Jardim Aeroporto foi selecionado, e começou uma série de discussões com diversas Secretarias para apresentação do Projeto. “Nessas reuniões tínhamos o acompanhamento do ambientalista Fábio Cristiano de Castro ( in memorian )  que questionou alguns fatores do Projeto como área de proteção permanente, vegetação a ser plantada, equipamentos usados na obra. E ai não fomos compreendidos e deixados de lado”, afirma Luiz.

Luiz Gomes da Silva Filho, conselheiro fiscal da Associação dos Moradores do Jardim Aeroporto

A partir daí foi feito um novo projeto para apresentar à Secretaria do Meio Ambiente.
Chegada a época das eleições para prefeito, a Associação destinou uma cópia de uma carta de intenção para cada que candidato  tomasse consciência da problemática do local.
Em 2005 aconteceu a 2a Ecoatividade. Desta vez com a presença do Secretário do Meio Ambiente Richard Drago que prometeu perante a população a execução do Projeto.
Incomodados com a longa espera da obra nasce o Projeto  Viva Melhor com o objetivo de promover a integração e a socialização entre os moradores da região: utilizar o espaço físico da área de preservação ambiental de maneira educacional, através da conscientização ambiental. Idealizado pela graduanda em Educação Física – Marly Inácio de Oliveira e realização conjunta com Associações de Bairro da região sul. O Projeto envolve a população em todas as faixas etárias e acontece todos os domingos á partir das 16:00h.
Em dezembro de 2005 foi deliberado na reunião da Associação, a produção de um Dossiê pela própria Associação justificando a problemática local e a denúncia junto ao  Ministério Público do Estado de São Paulo para apurar a prática de crime ambiental.

Marly Inácio de Oliveira, responsável pelo Projeto Viva Melhor

No mês de junho aconteceu a 3a Ecoatividade com mobilização de 2000 pessoas com a presença do prefeito de Limeira – Silvio Félix e a promessa de realização da obra.
Dia 6 de dezembro de 2006 chega a confirmação para a Associação de Moradores do Jardim Aeroporto sobre a instalação de inquérito referente ao inquérito civil n• 021/2006, 31/11/06.
“O sonho com luta vira realidade”, comemora Luiz.


[Matéria publicada originalmente na edição 31 do Jornal Pires Rural, 14/12/2006 - www.dospires.com.br]


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A dupla de dois

Dois irmãos, dois instrumentos de corda e duas vozes.

Influenciados pela didática do pai ao ensinar violão para a filha do meio, irmã de Eduardo - que na época tinha apenas seis anos- e de Rafael -com 14- foi por onde esses dois iniciaram seus primeiros acordes.
1º prêmio, na Casa de Cultura de Araras com um pagode


Hoje, 9 anos depois, os dois formam uma dupla das boas. Eduardo está com15 anos, tem aquele jeito meio acanhado de adolescente, fala pouco, procura ouvir mais e aprender, principalmente com o irmão Rafael, avançado no aprendizado de violão clássico, mas que o destino lhe impôs dez cordas na mão em formato de viola. Conta ele: “- Por cauda da “dor de cotovelo” (ao ver o pai ensinando a irmã) comecei a aprender com meu pai; aí meu tio apareceu com uma viola, meu pai sabia um pouco também e começou a “passar”, só que me disse: - Você vai aprender por música, não por ouvido que nem eu”.
Durante o estudo de violão clássico, com a professora Estela Maris, a viola era vista de vez em quando, até Rafael tomar coragem e entrar na orquestra de viola de Mazinho Quevedo em Araras e “ debandar” de vez para sua raiz cabocla. “Na orquestra era eu e o Mazinho solando e mais 25 outras pessoas no violão e viola, cantando e fazendo base”, diz ele.
Foi olhando Mazinho Quevedo tocar e recebendo alguns “toques’ dele que Rafael aperfeiçoou sua técnica. Hoje, ele está com apenas 22 anos e já tem 20 alunos de viola, inclusive de cidades vizinhas de Limeira, que vão até sua casa, no sítio, para aprender com ele.
A dupla Eduardo e Rafael pegou firme há dois anos. Nesse período já se apresentaram em diversos festivais obtendo ótimas colocações. No último em que se apresentaram, na Casa de Cultura de Araras, conquistaram o 1º prêmio com um pagode e 2º lugar com uma querumana, na mesma noite. Foram arranjos para as letras do jornalista campineiro e amigo da dupla Adriano Rosa.

Dupla Eduardo e Rafael à época com 15 e 22 anos respectivamente
Na televisão, a dupla se apresentou na EPTV, nos programas: Jorge Moiséis, Fatos e Noticias (ambos da TV Jornal), no Mix cidade e na Hora do Povo (ambos TV Mix), tocando na frente do Vô Lucato com transmissão ao vivo, junto ao sorteio do carro no concurso “pé de bode”.
A dupla costuma-se apresentar também em festas de empresas, lanchonetes e restaurantes. No repertório, Mazinho Quevedo, Almir Sater, além de “pérolas” da música sertaneja. “Procuramos fazer algo diferente em cada apresentação. Saio andando e tocando, não procuro ficar o tempo todo parado. Toco “brasileirinho”, rock na viola, samba, procuramos ser bem ecléticos. Às vezes meu pai vai junto; aí ele “puxa” uma bossa nova e embala tudo”, explica Rafael.
Eduardo no vilão e primeira voz, Rafael na viola e segunda voz estão gravando o primeiro cd. Escolheram o repertorio de 12 canções, sendo 3 regravações de Tião Carreiro e Pardinho, Deley e Dorivan e Goiano e Paranaense. Segundo eles “músicas de letras bonitas e pouco conhecidas”. Além de já terem gravado para esse cd 2 músicas inéditas do compositor Chico Amado (aquele da música “... tá bombando, tá bombando...”).
Falando sobre violas, Rafael tem uma feita por Marcelo Teixeira, da cidade de Amparo, da marca “Mater”, que lhe valeu um bom investimento. Quanto às afinações de violas, ele tem notícias de 35 tipos diferentes delas. Na confecção de um instrumento, ele garante que o material usado e a pessoa que faz são um peso forte no produto final. “Madeira imperial, pinho sueco na frente, escala de ébano, uma viola assim sai na faixa de 3 mil reais, e o som também é muito bonito”, conclui Rafael.


[Matéria publicada originalmente na edição 30 do Jornal Pires Rural, 30/11/2006 - www.dospires.com.br]

Em comemoração aos 10 anos do início do Jornal dos Pires, logo acrescentado o Rural, tonando-se Jornal Pires Rural, estaremos revendo algumas das matérias que marcaram essa década de publicações, onde conquistamos a credibilidade, respeito e sinergia com nossos leitores e amigos. 
Quase sem querer iniciamos um trabalho pioneiro para a área rural de Limeira e região, fortalecendo e valorizando a vida no campo, que não é mais a mesma desde então…Acompanhe a partir de hoje:




sábado, 14 de março de 2015

Parceria da Unicamp e Escola Dorivaldo Damm, no Bairro do Pinhal, realizam projeto para compreender o Ribeirão Pires (Retrospectiva - 10 anos - Jornal Pires Rural)

A idéia básica do projeto, que está em fase de desenvolvimento na Escola Dorivaldo Damm, localizada no Centro Rural do Pinhal, é fazer através de uma vivência fotográfica, que os estudantes da 4ª série, reflitam, discutam e compreendam as diversas relações sócio-ambientais, culturais, políticas e econômicas existentes no Ribeirão Pires.



 O projeto divide-se em quatro fases: Análise iconográfica (trabalho de leitura de fotografias); Saída a Campo/Ribeirão Pires (produção de fotografias sobre o Ribeirão); Apresentação das fotografias produzidas pelos estudantes; e Atividades sobre os diversos sistemas existentes no Ribeirão Pires.
A análise iconográfica tem como objetivo que os estudantes, em sua maioria moradores da zona rural utilizem as fotografias, produzidas na fase de saída de campo, como meio para apresentar as diferentes percepções e estimular novas leituras construídas sobre o Ribeirão. Através deste exercício teremos os estudantes envolvidos no processo de aprendizagem, criando e construindo uma percepção sobre o rio analisado.
A elaboração do projeto se deu após a participação do pesquisador Luiz Vasconcelos da Silva Filho no diagnóstico ambiental do Ribeirão Pires, realizado no ano de 2004 em convênio entre CESET/UNICAMP e ADL. Essa atividade acadêmica faz parte de um projeto maior que é o estudo ambiental da Bacia do Ribeirão Pinhal.




Para que o diagnóstico ambiental foi realizado, o pesquisador percorreu o Ribeirão Pires em toda a sua extensão, o que possibilitou a observação de vários aspectos como a falta de mata ciliar, o assoreamento, vários pontos de erosão, captação ilegal de água, construções próximas às margens, entre outros assuntos que mostram a necessidade de se realizar ações de recuperação e preservação urgentemente.
Essa situação motivou a criação de uma pesquisa científica e possibilitou a parceria com a escola estadual para os estudantes, terem uma compreensão dos diferentes aspectos e relações existentes que influenciam na qualidade do Ribeirão.



O conhecimento da complexidade das relações existentes pode auxiliar o desenvolvimento de ações para a preservação do Ribeirão Pires, importante não apenas por ser afluente de um dos rios de onde é captada a água para o abastecimento da cidade, como também pela qualidade de vida que oferece à população. E o desenvolvimento dessas ações deve ser compartilhado de forma cooperativa entre a população, o poder público e a Universidade, em busca de soluções para os problemas apresentados.

Em Limeira, o CESET/UNICAMP oferece o curso Superior de Tecnologia em Saneamento Ambiental, no qual seus alunos de graduação desenvolvem os mais variados projetos na área de meio ambiente. Por falta de contato mais próximo entre a Universidade, escolas e população, alguns desses projetos ficam “descansando” em alguma estante “sedentos” para serem aplicados.





[Matéria publicada originalmente na edição 01 do Jornal Pires Rural, 03/08/2005 - www.dospires.com.br]


Sala de aula (Retrospectiva - 10 anos - Jornal Pires Rural)

Estivemos na EEPG Dorivaldo Damm para conferir com a professora coordenadora Sueli Kuhl os resultados de uma parceria importante para a comunidade do bairro dos pires e o bairro do pinhal, pois, lá estudam 730 alunos ao todo, sendo 200 do bairro dos pires. 
Para a coordenadora um projeto de preservação do meio-ambiente vem acrescentar principalmente porque as famílias envolvidas são moradores da zona rural e os pais desenvolvem atividades agrícolas, então o filho tem a oportunidade de presenciar novas situações que trará uma qualidade de vida mais saudável. a escola também ganha ao proporcionar a construção de um ambiente mais saudável com mudanças de comportamento reais; quando, por exemplo, um aluno corrige outro, quando um deles joga o lixo (embalagem de papel) no chão. temos exemplo também de filhos que acabem “corrigindo” os pais em casa.
Segundo a professora coordenadora é perfeitamente possível valorizar um projeto como esse, dispensando dois aulas semanais para a participação do voluntário Luiz Vasconcelos Filho porque, na seqüência o professor consegue desenvolver o conteúdo trabalhado com a matéria seguinte.
A realização deste trabalho é registrado no plano de gestão e na proposta pedagógica “o que acaba por diferenciar o trabalho desta equipe em relação à escola que não se dispõe a trazer para a sala de aula um trabalho de desenvolvimento local sustentável”. é importante informar que a experiência da coordenadora Sueli com parcerias desse tipo data desde 2002.
A professora Neuza Gachet também participou desse encontro e relatou com prazer à experiência que teve na escola quando precisaram fazer a retirada de uma árvore e preocupados em compensar, acabaram por participar do reflorestamento da mata ciliar na bacia do ribeirão pinhal. “chegamos num ponto que a conscientização é necessária porque a cada criança que nasce aumenta a quantidade e consumo d água, lixo etc. dentro da escola, é mais fácil falar com as crianças sobre a importância e a mudança de atitude do que falar para um adulto” diz a professor a  Neuza.
a coordenadora sueli defende categoricamente que a educação social é perfeitamente possível para estabelecermos valores e conceitos como estratégias na indução de novos comportamentos para as novas gerações, garantindo assim a efetivação da qualidade de vida para aqueles que hoje estão educando como a equipe da EEPG Dorivaldo Damm. Parabéns!



[Matéria publicada originalmente na edição 01 do Jornal Pires Rural, 03/08/2005 - www.dospires.com.br]

Retrospectiva - 10 anos - Jornal Pires Rural

Em comemoração aos 10 anos do início do Jornal dos Pires, logo acrescentado o Rural, tonando-se Jornal Pires Rural, estaremos revendo algumas das matérias que marcaram essa década de publicações, onde conquistamos a credibilidade, respeito e sinergia com nossos leitores e amigos. 
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