Jornal Pires Rural - Há 13 anos revelando a agricultura familiar

domingo, 11 de outubro de 2015

O destino das chácaras clandestinas


Ítalo Ponzo Júnior, Secretário de Planejamento
e Ana Cláudia da Seplan.

A regularização das chácaras de recreio no município de Limeira é um assunto que diz respeito a pelo menos, uma em cada dez famílias de limeirenses, de acordo com Ítalo Ponzo Júnior, Secretario de Planejamento (Seplan) de Limeira, cuja função exercida está entre as mais importantes, na atualidade, para os munícipes, pois em sua secretaria também tramita o projeto de revisão do Plano Diretor do Município.
No tema regularização de propriedades existentes na área rural foi Ítalo Ponzo quem nos recebeu para esclarecimentos de dúvidas na série de passos complicados, mas solucionáveis segundo ele, para deixar tudo registrado. Esteve presente também Ana Cláudia, secretária que cuida das vistorias técnicas de propriedades na área rural.
Dentro da Seplan, o termo usado para as chácaras de recreio de Limeira é “agrupamento com parcelamento clandestino do solo”, o termo condomínio de chácaras poderá ser adotado como opção pelas 127 associações de moradores que se preocuparam em dar entrada nos documentos exigidos pela Seplan. No site http: //www.limeira.sp.gov.br/secretarias/planejamento/ consta uma série de itens exigidos (veja quadro ao lado).
A partir de 2005 a Lei para regularização de parcelamento clandestino em áreas rurais foi aprovada após muita discussão e, desde 2001, vem reduzindo a forma como esse parcelamento clandestino vinha acontecendo. Esta Lei prevê a regularização de propriedades rurais abaixo de 20 mil metros caracterizado pelo INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) como propriedade para fins de exploração rural e passível de premissas que o regulamenta.

DIMENSÃO DO PROBLEMA
Para facilitar uma maior compreensão da dimensão que esse fato tomou, Ponzo procurou nos orientar que a área rural de Limeira está dividida em duas partes. Uma está inserida na chamada “zona de preservação permanente (ZPM)” que inclui bairros como Pinhal, Pires, Frades, Loiolas, Balde Branco sendo uma área de atenção especial por estar em manancial de proteção e inserida na bacia do ribeirão Pinhal. A outra área rural é caracterizada como “prolongamento da área urbana”, por exemplo, o bairro Tatu.
“A maior concentração de chácaras clandestinas fica na área de ZPM”, diz ele com base nos dados dos processos enviados até a Seplan. O prazo estipulado para entrega dos projetos sujeitos à regularização se esgotou em novembro de 2006. “O que é importante para todos nós não é o prazo, que poderia até ser prorrogado, mas é bom frisar que a determinação da instituição do parcelamento é o que contava”, diz, ou seja, o que era de maior interesse para a Prefeitura, e, porque não dizer, para o bem da cidade e do meio ambiente, é conter o parcelamento irregular de propriedades rurais, principalmente em áreas de proteção permanente (ZPM).
Um parceiro imprescindível para conseguirem estancar o parcelamento clandestino foi a Elektro, Ponzo relata que “Se a empresa mudar de postura nós vamos ter mais sérios problemas”. Quanto ao projeto “Luz para Todos”, ele comenta que existe uma cláusula que informa que não é permitida a eletrificação de áreas ambientais de proteção permanente, “a Elektro não vai ligar se não tiver uma autorização da Prefeitura de Limeira”.
Essa explosão de vendas de lotes na área rural se deu, segundo Ponzo, pelo fato que Limeira passou muito tempo sem a emissão de novos loteamentos. Governos anteriores não permitiram isso, além de não ter uma legislação clara para esse tema. “Casado com o êxodo rural, a baixa produtividade das lavouras, novas imposições para o cultivo de mudas cítricas se transformou em prato cheio para as pessoas buscarem essa clandestinidade”. Afirma, ainda, que foi permitida a regularização. Se hoje alguém fizer um parcelamento clandestino, não existe Lei que regulamente. Após o prazo estipulado não há mais possibilidade de ser regularizado”, explica Ponzo.


ANDAMENTO DOS PROCESSOS
A dificuldade em dar andamento aos projetos apresentados não está apenas no número reduzido de profissionais direcionados para compor a equipe da Seplan. Para uma vistoria “in loco” do loteamento, a Seplan conta também com funcionários da Secretaria de Meio ambiente e do Departamento de Trânsito, incluindo uma equipe do SAAE que irá vistoriar a parte pluvial. Temos, ainda, o fato de existirem loteamentos na área de preservação do município e também em áreas de preservação permanente que cabe ao DPRN (Divisão de Proteção de Recursos Naturais) fiscalizar. A sede de nossa região fica na cidade de Piracicaba. Somando a esse andamento burocrático dos órgãos públicos está á parte dos donos desses lotes clandestinos, que na maioria das vezes, desconhece a Lei que os regulamenta. A Seplan está sempre orientando que o primeiro passo é a formação de associação de moradores para o movimento ganhar força e poder exigir dos profissionais contratados para enviar os documentos mínimos exigidos pela legislação, que comparados a loteamentos urbanos não é “quase nada” relatam. “Estamos num momento de muita apreensão. Cerca de 70 projetos apresentados não continham 20% dos documentos exigidos. Além de cobrar da Prefeitura o prazo para aprovação, os proprietários devem cobrar de si para atender o mínimo que a legislação pede. As pessoas, acredito eu, vão se empolgar no momento em que saírem as primeiras aprovações”, comenta Ponzo.

ESCRITURA DEFINITIVA
“Não existe ninguém que tenha o registro de chácara em cartório de imóveis em Limeira. O que pode ter é o registro da fração ideal, mas é como se tivesse um bem confiscado”, explica Ponzo. Ele ainda cita que existem aquelas pessoas céticas a todo esse movimento achando que não vai dar em nada, “pessoas assim esquece que os mais prejudicados são eles, pois o cartório se nega a passar a escritura do imóvel, legalmente não conseguirá vender, se precisar hipotecar também não consegue, não serve como garantia, se vier a falecer, cria-se um transtorno enorme, pois não terá como passar em herança, ou seja, é proprietário de fato mas não de direito”.

ASSOCIAÇÃO DE MORADORES
Outra questão levantada por Ponzo, confere aos requisitos exigidos pelo cartório na hora de fazerem a matrícula do imóvel; “após o aprove-se da Prefeitura, a área estará apta para o registro em cartório. Só que, para isso acontecer, o cartório necessita de um parecer ambiental, dizendo que a área está liberada e outro parecer do GRAPROHAB (grupo estadual que gerencia o nível de habitações). O Governo do Estado de São Paulo não trata do assunto de regularização. Ele aprova novos loteamentos, não regulariza. Então, a Cetesb acaba entrando nesse meio. Só que ela não irá assumir a responsabilidade para si. Aí, cabe às Associações de Moradores, junto com os profissionais contratados para realização do projeto de regularização, apelar para a promotoria pública que, por sua vez, provoca o juiz que determina ao cartório  registrar esses loteamentos regularizados. È um trabalho muito grande. Mas não só um problema de Limeira”.

A ESTRUTURA RURAL
Estamos inseridos em uma realidade rural, onde existem nascentes, matas ciliares, lavouras. Na região dos Pires, a atividade rural explorada é bem diferente do restante do município, existe a pulverização de pomares, em toda essa área de manancial. O que não se pode tolerar mais é o parcelamento do solo em áreas de preservação. Pelo fato de ter acontecido, em grande parte por motivos financeiros, cabe também à Prefeitura avançar na sustentabilidade da área rural para fixar o homem no campo com políticas que possam beneficiá-lo. Esses esforços estão sendo feitos através do Plano Diretor do Município e também através da Secretaria de Agricultura (Sama) com a criação da APAL (Associação dos Produtores Agrícolas de Limeira)  que estão batalhando para se tornarem uma cooperativa. E a parte do Plano Diretor prevê a exploração turística da área rural como a criação de um parque temático no encontro das águas que formam o rio Piracicaba, a utilização da linha férrea com as estações do centro e do bairro Tatu, além dos projetos das festas populares para incremento e maior participação das comunidades rurais, colocando-as no calendário turístico cultural da cidade.

Nas seqüências de oficinas ocorridas na área rural para a explanação do Plano Diretor, Ítalo Ponzo Júnior comenta que muitos o questionaram dizendo “Porque não poderiam parcelar suas propriedades sendo que outros fizeram isso?” Eu respondia que “ lamentavelmente nós vamos ter que arrumar a situação que o outro deixou”, conclui o secretário.




Matéria publicada originalmente na edição 41 Jornal Pires Rural, 31/05/2007-www.dospires.com.br]
Em comemoração aos 10 anos do início do Jornal dos Pires, logo acrescentado o Rural, tonando-se Jornal Pires Rural, estaremos revendo algumas das matérias que marcaram essa década de publicações, onde conquistamos a credibilidade, respeito e sinergia com nossos leitores e amigos. 
Quase sem querer iniciamos um trabalho pioneiro para a área rural de Limeira e região, fortalecendo e valorizando a vida no campo, que não é mais a mesma desde então…

Fato inovador; uma mulher na presidência




A Associação dos Produtores Rurais de Cascalho – Cordeirópolis elegeu um novo presidente, Maíra Brambilla Maronesi, engenheira agrônoma recém formada pela ESALQ. Há 11 anos acompanha a produção de alimentos orgânicos pela família (associados) e agora enfrenta o desafio de gerir a Associação dos Produtores de Cascalho por ser uma jovem mulher e por liderar uma Associação marcada pela luta de manter avante a produção rural de Cordeirópolis.

Jornal Pires Rural: Qual é o seu envolvimento com a Associação dos Produtores Rurais de Cascalho?
Maíra B. Maronesi: Meus pais são associados; eu fiquei um tempo fora para estudar e não acompanhei muito o trabalho da Associação. Nos finais de semana, eu ajudava na propriedade e às vezes participava de alguma reunião.

Jornal Pires Rural: Por que você era uma forte candidata para a presidência?
Maíra B. Maronesi: Os associados apostam em mim porque eu sou recém formada, tenho a teoria, contatos fora daqui. Mas eu pretendo uma maior união para os associados, porque não é só a presidência que faz uma Associação.

Jornal Pires Rural: O que provocaria a união dos associados?
Maíra B. Maonesi: Trata-se de uma luta. A parte burocrática é complicada como no caso do Projeto de Microbacias Hidrográficas porque existe o dinheiro, a Associação tem interesse em pleitear, mas a burocracia e o seu entendimento pode dificultar ainda mais todo o processo. Um técnico pode avaliar melhor os documentos. Assim, a Associação poderá ter mais acesso a novos projetos que facilite o trabalho de todos.

Jornal Pires Rural: O que é emergencial para a Associação de Cascalho?

Maíra B. Maronesi: Questões como o tratamento da água consumida aqui no bairro sem tratamento. A Associação já vem buscando solucionar este grave problema que é o tratamento de água; portanto, tramita um projeto entre a CATI e a prefeitura municipal para o financiamento de poços artesianos para o bairro na tentativa de amenizar o problema da água (o que não resolveria). Outra questão é o plano diretor. É fundamental definir os limites da área rural para não mais permitir a instalação de indústrias na zona rural do município de Cordeirópolis. Determinar o tratamento de água e o plano diretor é uma condição prioritária para a Associação.



Matéria publicada originalmente na edição 41 Jornal Pires Rural, 31/05/2007-www.dospires.com.br]
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SEMANA DE MOBILIZAÇÃO PARA O COMBATE AO GREENING





Após dois anos da confirmação do greening no Brasil, (presente em mais de uma centena de municípios paulistas) período em que instituições de pesquisa e defesa agropecuária se uniram para enfrentar a doença, o controle do greening recebeu um reforço. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) publicou uma instrução normativa (IN) que insere o citricultor no processo de controle. A nova legislação determina que o produtor é responsável por fazer as inspeções no seu pomar.
A Instrução Normativa n°32, publicada no Diário Oficial da União no dia 2 de outubro de 2006 pelo Ministério da Agricultura determina que o produtor é quem deve fazer as inspeções de greening no seu pomar e que elas devem ser feitas, no mínimo, duas vezes por ano. Toda a planta com sintoma deve ser imediatamente eliminada.
A decisão do Ministério confirma que o citricultor é a pessoa mais indicada para enfrentar o grening e que é o olho dele que manterá seu pomar livre da doença.
A legislação determina ainda que os resultados das vistorias devem ser enviados à Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) por meio de um relatório em, no máximo, 15 dias após o término da vistoria e eliminação das plantas com sintomas.
O citricultor que não obedecer à IN n°32 será notificado pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) a inspecionar seu pomar e erradicar as plantas sintomáticas.
Caso não cumpra a notificação, ele será penalizado conforme a legislação e terá que arcar com os custos da erradicação que poderá ser feita pela CDA ou outro órgão autorizado por ela.



Treinamento em Artur Nogueira
“ As parcerias entre Fundecitrus, Secretaria da Agricultura e produtores ocorreu porque a doença está se alastrando muito e não tem como conter se o produtor não caminhar junto”, afirma Maria das Dores Monteiro, Coordenadoria de Defesa Agropecuária – Mogi Mirim.

O produtor rural Moacir Staiger Carmona acompanha todas as informações novas e nunca foi identificado a doença em seu pomar. “É muito importante no dia-a-dia por causa das doenças que vêm aumentando. É necessário que aumentem ainda mais as informações para o citricultor”, afirma.



Matéria publicada originalmente na edição 41 Jornal Pires Rural, 31/05/2007-www.dospires.com.br]
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Inaugurada base do Pelotão Ambiental





A Prefeitura de Limeira, por meio da Secretaria de Segurança Pública, inaugurou terça-feira, 29 de maio, a Base Operacional do Pelotão Ambiental Bairro do Parronchi. A base está localizada no km 119 da rodovia Limeira/Piracicaba, ao lado da escola municipal Fazenda Citra.

Da reunião, participaram o prefeito Silvio Félix, o secretário municipal de Segurança Pública, Siddhartha Carneiro Leão, o delegado Antonio Carlos Martim, representando o delegado seccional de Polícia, Aparecido Capelo, o presidente da Câmara, Eliseu Daniel dos Santos, vereadores e integrantes da comunidade.

A ação consta do processo de recuperação da Guarda Municipal, iniciado em 2005, que incluiu a reforma de três veículos que estavam parados com defeitos mecânicos – já recuperados -, a compra de outras três viaturas modelo Saveiro (com características típicas para atuação na zona rural) e de um bugue.

A área rural do município é extensa e, por isso, é importante que ela seja protegida. “Teremos os 17 integrantes do Pelotão Ambiental atuando nesta Base e em outros pontos do município durante 24 horas por dia”, afirmou Siddharta.

Maria de Lourdes Giacon falou em nome dos moradores. “É importante ter uma presença mais efetiva dos guardas junto de nossas casas e chácaras”, disse. A Corporação Musical Arthur Giambelli participou da inauguração.

O Pelotão Ambiental é um departamento da Guarda Municipal de Limeira, que tem como objetivo zelar e fiscalizar o meio ambiente, provendo o patrulhamento preventivo dos cursos d’água, rios, florestas e áreas de proteção permanentes (APPs). Atua ainda no patrulhamento preventivo.





Matéria publicada originalmente na edição 41 Jornal Pires Rural, 30/05/2007-www.dospires.com.br]
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Do jardim para sua pele

Olá! Hoje vamos conversar sobre algo que é muito importante, que é cuidar de nossa beleza. Claro, que sempre dentro do equilíbrio, pois quem SÓ cuida da beleza, pode estar passando por um momento de superficialidade, ou seja, não quer se cuidar por dentro, de seu corpo e de seu espírito.
E o contrário também, pois ser aquela pessoa que é puro desleixo, pode-se pensar que ela não cuida de algo muito importante que Deus nos deu, ou seja, nosso invólucro, nosso cartão de visitas.
Pois então, seguindo o caminho do equilíbrio, aí vão dicas naturais para cuidarmos do rosto e da pele; e, é claro, que não substituem cosméticos, pois senão não haveria motivo de grandes empresas gastarem muito dinheiro em pesquisas, mas, se você observar, muitas fórmulas estão voltando às origens, ou seja, buscando dos tempos remotos o que se utilizava antigamente, como ervas para se fazer grandes produtos conhecidos.
Então, tire aquele seu momento de merecido descanso, prepare um belo chá relaxante, e cuide-se, saboreando o momento presente.....


Máscara esfoliante
01 colher de sopa de iogurte natural
01 colher de sobremesa de aveia em flocos
01 gota de óleo essencial de Lavanda

Preparo: bater tudo. Pincelar no rosto e fazer leve esfoliação com movimentos circulares. Deixar agir por 20 minutos


Máscara com efeito clareador
02 morangos grandes
01 gota de óleo essencial de Palmarosa

Preparo: amassar e misturar os ingredientes. Pincelar o preparado no rosto.
Deixar agir por 20 minutos. Se antes deste tempo a pele ficar irritada,
retire com água fria, e passe seu hidratante de costume.


Se gostou desta terapia que é preparar para si coisas boas, você pode fazer água de flores. Elas são muito usadas para se cozinhar, e dar gosto a pudins, sorvetes e bolos.
Atenção que para isso só vale ser flor comestível, de preferência com
cultivo orgânico. Para fazer sua água de flores, por exemplo, de rosas, pegue as rosas comestíveis, coloque as pétalas em uma panela com água.Aqueça vagarosamente até as pétalas ficarem quase transparentes. Coe, guarde em um vidro esterilizado em geladeira, e bom proveito !!!

Gisele d’Angelo de Souza
Terapeuta Holística

e-mail: giseledangelo@ig.com.br 




Matéria publicada originalmente na edição 40 Jornal Pires Rural, 15/05/2007-www.dospires.com.br]
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Evento reúne 12 Secretários de agricultura do Brasil



Coletiva de imprensa na reunião dos
12 secretários agrícolas do Brasil.

Durante a realização da 14° Agrishow, vários eventos aconteciam simultaneamente, pela grandiosidade da feira de exposição. Reunidos ali, a portas fechadas, para tratarem de assuntos de interesse mútuo e de nosso país, estavam os secretários de agricultura de Alagoas – Alexandre Toledo, Amapá – José Ribamar, Ceará – Camilo Santana, Espírito Santo – César Colnago, Goiás – Leonardo Veloso, Mato Grosso – Neldo Egon, Minas Gerais – Gilman Viana, Rio de Janeiro – Christiano Áureo, Sergipe – Paulo Viana, Tocantins – Roberto Jorge Sahium, São Paulo - João Sampaio e o presidente da Emater (Associação de Assistência técnica e Extensão rural) de Rondônia Sorrival de Lima representando o secretário Marco Antônio Petisco.
Os assuntos em pauta na reunião foram as campanhas para o combate contra a febre aftosa com recursos internos dos estados, o projeto de defesa sanitária para o Brasil e a liberação de recursos junto ao governo federal. Leia abaixo trechos da coletiva de imprensa concedida pelos secretários presentes;

Defesa Sanitária:
Como está a questão de orçamento proposto pela União para o cinturão sanitário e defesa de fronteiras?
João Sampaio: Até o momento nada foi aplicado. Os estados estão em plena campanha de vacinação contra a aftosa com esforços próprios, sem recursos federais. Os planos de controle de fronteira encaminhado por sete estados, a partir das duas últimas reuniões dos secretários e o ministro Reinhold Stephanes ainda não foi liberado nenhuma verba. Estamos preocupados e aqui propomos reiterar o orçamento proposto (R$ 265 milhões).

Na prática o que deve ser feito?
João Sampaio: Vamos usar a força de nossos governadores para reivindicar junto ao presidente Lula, ministro Reinhold e principalmente ao ministro da equipe econômica porque quem efetivamente irá liberar os recursos ao Ministério da Agricultura é o Ministério da Fazenda. Na abertura da Expo Zebu governadores e o presidente Lula estarão reunidos com a pauta do contingenciamento dos recursos federais a serem passados aos estados. Defesa sanitária é investimento e não despesa. Estamos investindo na geração de riqueza e empregos. Esse é o tema fundamental.
Gilman Viana (Minas Gerais): O Foco é de que defesa sanitária não é problema de agricultura. É um problema do País. O país que não tem defesa sanitária eficiente é um país que perde espaço no contexto mundial.

As verbas liberadas pelo governo do Mato Grosso do Sul foi pela razão de terem ido à Brasília?
João Sampaio: Isso tem sido feito, estamos continuamente pressionando. O caso do Mato Grosso do Sul foi uma situação emergencial e muito especifica. O projeto de defesa sanitária tem que ser muito mais amplo e não ficar ao sabor de emergências. É um projeto global para envolver o Brasil, todas as nossas fronteiras. Deve ser um projeto de estados e governo de ação contínua para erradicação da febre aftosa. Não adianta se imaginar que são necessários os 265 milhões para esse ano e o ano que vem não precisa. Tem que partir pra ação, sair da retórica, e liberar recursos. Todos que conversamos no governo federal são favoráveis, mas o fato é que os recursos não saem.
Alexandre Toledo (Alagoas): Essa é uma questão para todos e não de estado. É uma política nacional que se faz com recursos do orçamento que está lá em Brasília.
Christiano Áureo (Rio de Janeiro): A etapa de convencimento geral fica jogada para trás quando tem o corre-corre no caso de foco de aftosa e vão se liberar recursos.
João Sampaio: Não é a construção de uma ponte, é uma ação contínua que o estado tem que fazer. Se não tiver recursos financeiros não iremos ter continuidades de ações.



Agrishow; difusão de tecnologia na
cadeia produtiva do agronegócio.

Cana-de-açúcar:
Como São Paulo está trabalhando a questão das queimadas e a sustentabilidade do setor?
João Sampaio: A cana é extremamente importante para a economia paulista. Temos em nosso estado 24.900 milhões de hectares desses, 22 milhões são áreas agricultáveis. A cana ocupa 4.300 milhões representando 20% de área e correspondendo a 45% do total da renda agrícola do estado. Caso se concretize as previsões de crescimento o plantio será de 6 milhões de hectares, dentro de 4 anos. Não se configura uma monocultura, entretanto, se não tiver um controle ordenado haverá preocupação. O governo do estado tem agido para que a sustentabilidade trabalhada com parcerias com a secretaria de meio ambiente crie um protocolo sócio-ambiental com algumas regras a serem seguidas, como recomposição de mata ciliar e o fim gradual da queimada de cana. Queremos reduzir o prazo previsto em Lei que vai até 2031, para o fim das queimadas, mas é tão simples.



Secretário
João Sampaio

O que falta par antecipar esse prazo?
João Sampaio: Temos que considerar desde o espaçamento no plantio de cana até a demanda de máquinas colheitadeiras pelas indústrias. Falta terminar o dialogo com todos os setores envolvidos. Setor público, privado, trabalhadores, beneficiadores, produtores. A meta é chegar a um consenso neste mês de maio.

O que o governo paulista tem proposto junto aos institutos de pesquisas e universidades?
João Sampaio: Os trabalhos realizados pelos institutos de pesquisas estão expostos aqui na Agrishow como variedade de cana-de-açúcar que consome menos água, menos adubo. A revitalização dos colégios técnicos agrícolas é um ponto defendido e que será trabalhado pelo governo Serra. Na pequena propriedade estamos mostrando que pode ser viável a cana-de-açúcar com projetos como o açúcar mascavo que agregará valor ao pequeno agricultor.

Qual é a visão do senhor em relação ao que foi publicado no jornal Folha de S. Paulo dizendo que a vida útil de trabalho, dos cortadores de cana, ser inferior à dos escravos?
João Sampaio: Eu discordo completamente. Não é trabalho escravo, a secretaria não aceita, se houver irregularidades, elas tem que ser apuradas e coibidas. O trabalho é pesado na colheita de cana e nesse momento remunera mais do que a maioria de outros setores. O que precisa é encontrar um equilíbrio entre a remuneração condizente com o tipo de trabalho.
A cana é um dos poucos setores onde existe um conselho chamado Consecana que através de muita transparência o fornecedor sabe exatamente o que recebe como recebe e quando recebe mostrando o sucesso atual em que passa o setor.

Está previsto o remanejamento desses trabalhadores quando for implantado a mecanização na colheita de cana?
João Sampaio: Este é um desafio. Estamos discutindo como pode ser feito. O Senar e o Sebrae estão fazendo uma qualificação e re-qualificação desses trabalhadores em parceria com a secretaria de agricultura. Culturas alternativas, utilização de rebarba de cana, seringueira, ovinocultura, caprinocultura, fruticultura são todas culturas que absorverão mão-de-obra e remuneram de maneira condizente e estão sendo incentivadas pelo governo. Imaginamos que isso possa ser a substituição dos postos de trabalho do setor canavieiro.




Matéria publicada originalmente na edição 40 Jornal Pires Rural, 15/05/2007-www.dospires.com.br]
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OS RIOS PEDEM SOCORRO




É de grande importância que a comunidade acesse conhecimentos a fim de interferir, através de uma política onde haja o diálogo, e se conscientize sobre os cuidados com a água. Os objetivos específicos são compreender que a ação incorreta do homem interfere no equilíbrio do ambiente e perceber a importância da participação individual e coletiva no cuidado com os rios e a conscientização da comunidade sobre danos à ecologia que são conseqüência do desmatamento, erosão, poluição, uso incorreto de agrotóxicos e assoreamento dos rios e que tudo isto leva à escassez da água e à precariedade dos mananciais.
As matas ciliares são sistemas de vegetais essenciais ao equilíbrio ambiental, portanto devem representar uma preocupação central para o desenvolvimento rural sustentável. A preservação e a recuperação das matas ciliares, aliadas às práticas e ao manejo adequado do solo, garantem a proteção de um dos principais  recursos naturais: a água . E as principais funções da mata ciliar são: controlar a erosão nos cursos d’ água, evitando o assoreamento dos mananciais, minimizar os efeitos das enchentes, manter a quantidade e a qualidade das águas, filtrar os possíveis resíduos de produtos químicos  como agrotóxicos e fertilizantes e auxiliar na proteção da fauna local.
AREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP)
São áreas protegidas por lei desde 1965( lei 4.771), quando foi instituído o Código Florestal, cobertas ou não por vegetação nativa com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das populações humanas.     
Engª Agrª Margarida D.Paes Delgado

Casa da Agricultura de Engenheiro Coelho



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Viva Pires interdita escola rural do Bairro dos Pires

O laudo de interdição estava com a Defesa Civil há uma semana sem tomar providências sobre o risco de morte das crianças

A precariedade do prédio da E.M.E.I.F. Rural Martin Lutero, bairro dos Pires, Limeira levou os pais a pedirem um laudo para a Defesa Civil no mês passado. Com dificuldades em ter acesso ao documento, recorreram, então, ao Conselho Tutelar e ao Conselho Municipal da Criança e do Adolescente em Limeira (CMDCA).
No dia 25 de abril, o CMDCA entregou para a comissão de pais do bairro, a cópia, do laudo assinado pelo engenheiro civil Nercy dos Reis Custódio (CREA: 38494/D). O laudo conclui INTERDIÇÃO. No documento consta ainda a assinatura do agente da defesa civil do município, Aparecido dos Santos, datado de dia 19 de abril de 2007 (quando protocolou o documento). A Defesa Civil de Limeira estava com o documento há uma semana e não cumpriu o seu papel. Foi necessário a Comissão de pais ir até a escola com o laudo nas mãos e a imprensa televisiva para que a secretaria da Educação retirasse as crianças. A Secretaria da Educação já sabia do resultado do laudo desde a manhã do dia 25 de abril, porque a Conselheira Josiela ( funcionária pública) comunicou à secretaria (a mesma acompanhou o depoimento da Comissão em reunião do CMDCA no dia 24 de abril).  
O laudo é claro quando relata que “ o imóvel fica, portanto, INTERDITADO, com base no disposto na letra A do artigo 5.1.3 da lei municipal nº 1096/69 de 12 de janeiro de 1969. Em razão da INTERDIÇÃO, ora efetuada, O PROPRIETÁRIO DESTE IMÓVEL FICA PROIBIDO DE UTILIZAR O IMÓVEL EM QUESTÃO PARA QUAISQUER FINS, PARA SI OU PARA TERCEIROS, ESTANDO CIENTE DE SUA RESPONSABILIDADE EM CASO DE ACIDENTES, MORTES OU DANOS PROVOCADOS PELOS RISCOS QUE DERAM CAUSAS À PRESENTE INTERDIÇÃO, ATÉ QUE SEJAM SANADAS AS IRREGULARIDADES EXISTENTES”, descreve o documento.
 Com o laudo em mãos, a comissão de pais juntamente com a imprensa televisiva foi para a escola pedir a interdição já que a DEFESA CIVIL NÃO INTERDITOU desde que recebeu o laudo no dia 19 de abril. As crianças permaneciam nas salas. As professoras trancaram o portão, se fecharam dentro das salas de aula e, aparentemente confusas, sem a presença da diretora e autoridade daquela unidade escolar, Ivana Forster, nem mesmo a vice-diretora estava presente para “enfrentar” e esclarecer a grave situação que o documento ainda cita “...que o imóvel está com várias vigas de madeira da estrutura de sustentação do telhado, em processo de deterioração, havendo risco de queda...” prova o risco eminente que aquelas crianças estavam sujeitas.


PAUSA -
Rede Família e TV Mix entrevistando as professoras.

Questionadas pela situação as professoras Edilene e Diná, disseram que desconheciam a gravidade e o risco que todas elas corriam em permanecer no local. “Eu acho que só com um terremoto o prédio cairia”, falou Diná. Após essa e outras desencontradas declarações voltaram para a sala de aula e com as portas fechadas, os alunos dentro do prédio condenado ficaram com o portão trancado até o encerramento do período às 17:15h.
No dia seguinte, 26 de abril, os alunos da manhã foram levados de ônibus (cedido pela Secretaria da Educação)  para a escola Arlindo de Salvo no jardim Palmeiras, área urbana da cidade.

O bairro dos Pires precisa de qualidade no atendimento das políticas públicas. É um bairro muito populoso e até a presente data a comunidade local não conseguia  impor suas necessidades. A distância que separa o bairro do endereço da Prefeitura de Limeira é de apenas 15 km. Estamos localizados no Estado mais rico do Brasil, rodeados pelas rodovias mais competentes, Anhanguera e Bandeirantes, e numa das mais produtivas regiões agrícolas e industriais do país.
O Viva Pires está formado por várias comissões de moradores e donos de chácaras. A comissão de pais conseguiu a adesão de mais de 15 Associações de condomínios presentes no bairro dos Pires, no sentido de priorizar e garantir a qualidade de vida para as crianças do bairro e tornar os moradores cúmplices em seu cuidado.
Segundo Adriana Menconi, psicóloga, moradora do bairro, coordenadora das Comissões do Viva Pires, a ausência da direção escolar para dar suporte e liderar a equipe da escola no momento em que estava sendo comprovado em público que as crianças sofrem risco de morte, nos faz questionar como pais se a gestão está compatível com a realidade que aquela escola vive. No dia 26 de abril pela manhã, a diretora não tinha tido acesso ao laudo, a Comissão cedeu o laudo para leitura porque a mesma ainda questionava a resistência da estrutura do prédio. Quando questionada pelo radialista da MIX se o laudo não chegasse até à escola pelas mãos da Comissão de Pais as aulas estariam normais, a mesma responde “ sim, porque a Defesa Civil não interditou o prédio até o presente momento”, afirma a diretora ao programa de rádio da MIX ( transmissão ao vivo).    
Para o Viva Pires uma escola precisa demonstrar líderes com espírito e poder de liderança, que consigam demonstrar resultados com as crianças e para os pais. “ É importante os pais saberem que declarações de pessoas do bairro (em jornais do município) afirmam que “a retirada das crianças foi precipitada e que o prédio duraria mais tempo”. Hoje assistimos escolas serem “lideradas” pelo tráfico e não queremos que isso aconteça por  “abandono” desta escola só porque está situada na área rural. A comunidade, quando elege um líder, precisa exigir que o mesmo saiba o que está acontecendo com as crianças da comunidade local, o risco de morte para as crianças é público. Assumir uma responsabilidade perante uma comunidade inteira é coisa séria. Por isso surgiu o Viva Pires e conta com idoneidade dos órgãos que representam a criança e o adolescente no município ”, coloca Adriana.

Moradora do bairro dos Pires revela que a falta de cursos profissionalizantes para os adolescentes, tem deixado ociosos e que o ponto de encontro (para lazer) deles é o bar.
 Tânia Tavares, comerciante, moradora do condomínio Rancho Alegre, bairro dos Pires revela que o local mantém muitas famílias carentes. “ Tem famílias aqui que são tão carentes que as crianças convivem com fossas (negras) e poços (caseiros) abertos porque não têm recursos para custear o fechamento”, revela Tânia.

“ As crianças não têm lazer, nem aprendem nada que possa dar um futuro pra elas (além da educação escolar), como esportes. Os meninos são loucos por aprender a jogar futebol profissionalmente, mas não temos nem um campo de futebol; para eles brincarem, então, eles se reúnem no boteco. Os adolescentes, que são mais de trinta (idade de 16 a 18 anos), também não estão aprendendo nada ( que possa garantir empregos), porque aqui nos Pires eles não têm os cursos que oferecem lá na cidade. E os daqui também merecem ser atendidos” afirma Tânia. 




Matéria publicada originalmente na edição 39 Jornal Pires Rural, 30/04/2007-www.dospires.com.br]
Em comemoração aos 10 anos do início do Jornal dos Pires, logo acrescentado o Rural, tonando-se Jornal Pires Rural, estaremos revendo algumas das matérias que marcaram essa década de publicações, onde conquistamos a credibilidade, respeito e sinergia com nossos leitores e amigos. 
Quase sem querer iniciamos um trabalho pioneiro para a área rural de Limeira e região, fortalecendo e valorizando a vida no campo, que não é mais a mesma desde então…

MANIA DE VIVER – LUIZ FRANCESCHINI – LIMEIRA

Sr. Luiz Franceschini nos recebeu em sua residência para que pudéssemos conhecer o seu trabalho artesanal. Diretor de escola aposentado, aos 74 anos exerce a função de corretor de imóveis e, nas horas vagas dedica-se á produção de casas de pássaros e mandalas.  Comercializa as peças produzidas em comércios de cidades turísticas.


Luiz Franceschini,
em sua oficina.

 Casado com a Sra. Dulce, cujo pai Alberto Sesmaria  mantinha uma escola em sua propriedade no Bairro dos Pires e sua mãe Francisca Fernandes, professora daquela escola casou-se com o Sr. Alberto. Dona   estudou na escola da propriedade da família até a 3a série, depois estudou no Colégio São José e na escola Castelo Branco quando conheceu Sr. Luiz, ambos se formaram professores.
A habilidade do Sr. Luiz vem do pai Artur. “ Eu ficava na oficina, brincava no torno, fazia peões, participava de todo o processo, sempre gostei de criar peças”, lembra Luiz.
Sua peças são produzidas com o reaproveitamento de materiais de serralherias e semi-jóias, são peças pregadas e coladas para garantir a qualidade.



Mandala Franceschini.

“ Se eu não estivesse produzindo, talvez estivesse numa praça jogando baralho e não estaria me realizando, porque eu me sinto com plena capacidade e não deixamos ( eu e minha esposa) de nos dedicar ás palavras cruzadas. A pessoa não pode se entregar ao abandono físico e mental, deve continuar se realizando” afirma Sr. Luiz.
Para Sr. Luiz o ser humano deve “cuidar” do coração, ajudar o próximo e procurar fazer alguma coisa que dignifique a própria pessoa e não se entregar á ociosidade.   



Casa de pássaros.

Recado: “ Você que mora numa chácara, num sítio ou mesmo na cidade, embeleze seu jardim ou alpendre, com uma casinha- para-pássaros. Ao ver canários da terra fazendo seus ninhos e alimentando seus filhotinhos, você se sentirá feliz, por ter contribuído por embelezar o ambiente”, Luiz Franceschini.




Matéria publicada originalmente na edição 38 Jornal Pires Rural, 15/04/2007-www.dospires.com.br]
Em comemoração aos 10 anos do início do Jornal dos Pires, logo acrescentado o Rural, tonando-se Jornal Pires Rural, estaremos revendo algumas das matérias que marcaram essa década de publicações, onde conquistamos a credibilidade, respeito e sinergia com nossos leitores e amigos. 
Quase sem querer iniciamos um trabalho pioneiro para a área rural de Limeira e região, fortalecendo e valorizando a vida no campo, que não é mais a mesma desde então…

MOVIMENTO VIVA PIRES – LIMEIRA

No último dia 17 de março estiveram reunidos representantes de condomínios, chácaras particulares e sítios nas dependências da sede do Jornal dos Pires, zona rural de Limeira. A reunião com representantes dos condomínios faz parte da seqüência de comissões que o MOVIMENTO VIVA PIRES vem organizando com o forte objetivo de envolver a comunidade do bairro dos Pires em relação aos seus direitos e deveres. Tanto no que se refere ‘a busca permanente de atendimento das políticas públicas quanto ao cuidado com o local. O envolvimento dos moradores ocorre de maneira a se responsabilizar pela área adquirida e seu manejo de forma sustentável.
O bairro dos Pires tem um no ainda não revelado de condomínios e chácaras particulares. O prazo para dar entrada ao processo de regularização já se esgotou no ano passado e, existem dados de condomínios que não deram entrada ao processo. Os problemas não param por ai. Existem muitas famílias sem energia elétrica. O acesso por meio de transporte público é precário por não atender o bairro como um todo, o transporte escolar não atende as crianças em dias de chuva.


Estiveram reunidos representantes de condomínios, chácaras particulares e sítios nas dependências da sede do Jornal dos Pires
A Secretaria da Agricultura só tem atendido ao pedidos de emergência para manutenção de estradas e pontes quando a população chama a TV. Ainda falando desta secretaria, não dispõe de um programa de apoio ao produtor rural. Há 3 meses foi colocado á disposição dois engenheiros agrônomos para atender a demanda de produtores que plantavam mudas cítricas no chão (prática abolida desde 1998, e só agora veio o apoio para a frustração econômica destes produtores). As famílias que ainda resistem na área rural deste bairro não estão conseguindo (em sua grande maioria) “educar” os filhos para administrar as propriedades futuramente, isso nos leva a crer que essas propriedades serão vendidas tão logo haja dificuldades. O bairro está muito longe de receber um programa de sustentabilidade por parte da Secretaria da Agricultura.
Todo esse processo de vulnerabilidade tem levado o bairro a se organizar.

A Comissão de Pais de Alunos do bairro dos Pires.
A primeira Comissão a ser formada em 2006. Segundo Ivanete Ap. Laurindo Rodrigues, 1º tesoureiro da Comissão de Pais, os pais reinvidicaram junto ao Secretário Montesano no dia 24 de janeiro de 2007 a precariedade dos serviços oferecidos na unidade escolar da E.M.E.I.F. Martin Lutero (cujo prédio data de 1940 (século passado) e apresenta comprometimentos para a vida dos alunos que ali estudam) por isso justifica a construção de um novo prédio.
Outros pedidos referentes aos serviços daquela Escola foram destacados como: irregularidades na APM – Associação de Pais e Mestres, comercialização irregular de doces para alunos, falta de um inspetor de aluno, atendimento de duas linhas telefônicas instaladas dentro de duas salas de aula pelos professores que ali tem a forte missão de ensinar, rampa para deficientes físicos, n° de banheiros insuficientes, iluminação precária , direito a uma Assembléia para eleger a APM e direito a saber onde foi investido a verba do Pafe para aquela Escola, bebedouro sem condições adequadas de uso, instalações elétricas apresentando riscos, sala para os professores, sala para atendimento do pré I , dentista, bibliotecária, laboratório de informática no local,. Pedimos a presença atuante dos seguintes profissionais dentro da referida Escola: assistente social do Serviço Social Escolar, nutricionista responsável pelo cardápio dos alunos para avaliar a responsabilidade dos doces comercializados no local com a justificativa (nos recados para os pais) de que o dinheiro era usado para as reformas da escola, maior presença da diretora Ivana Foster Pezzoto Laurito.
Os resultados:
“A Comissão conseguiu ser atendida em alguns pedidos como:
O início das obras para agosto/07, uma inspetora de alunos, a qual passou a atender as duas linhas telefônicas, a interrupção da comercialização dos doces no local, uma rampa com corrimão para deficientes físicos, troca de lâmpadas , carteiras novas, uma Assembléia para eleição da APM” ,afirma Ivanete.

A próxima reunião está marcada para o dia 14 de abril de 2007, nas dependências da sede do Jornal dos Pires


A Comissão dos condomínios de chácaras de recreio.
No dia 17 de março estiveram presentes representantes das Associações dos condomínios: Moema, Morada do Sol, Estância Paraíso, Laranjal, Vale dos Ipês, Jacarandá, Colina Verde, Raio de Outono. Chácaras Santo Antonio, Nossa Senhora das Graças, Vital Bull e sítio Primavera. O objetivo é formar uma só força para que os condomínios e chácaras venham fazer parte do Movimento Viva Pires. Unidos as Associações também poderão adquirir produtos e serviços em comum com preço justo para trazer maior qualidade de vida para o bairro e moradores. E solidarizarem junto ás demais Comissões como a de Pais de Alunos e a do transporte público.
As Associações são unânimes na busca do atendimento permanente de políticas públicas para o bairro como direitos e não como assistencialismo. “Nós pedimos para fazer a manutenção das estradas e pontes, a Secretaria da Agricultura não atende ao pedido. Quando chamamos a TV eles vem até nós”, desabafa Sr. Pedro Smanioto Filho.
“O serviço de ônibus escolar não vai buscar minha filha de 5 anos porque a estrada está ruim. Se eu não mandar a minha filha pra escola (fica há 6 km da residência) o Conselho Tutelar vai me punir. Quem está errado?” revela Dagoberto Antonio Azanha
Dona Elisabete Sass Asbahr recolheu 420 assinaturas somente no Pires de baixo (o bairro é dividido em Pires de baixo, do meio e de cima), para que os moradores posam ter acesso a transporte público nesta região. “Eu fui de casa em casa de bicicleta para conseguir essas assinaturas. A empresa Vésper deu Ok, mas o processo está parado na Secretaria de Trânsito”, afirma.
Já os donos de chácaras que usam a Via Anhanguera para entrar na via de acesso ao bairro correm riscos por não terem o acesso seguro. “Quando chegamos ou saímos do bairro temos que aguardar uma fila muito grande num trajeto perigoso”, afirma Luciene Sampaio.     
A próxima reunião está marcada para o dia 14 de abril de 2007, nas dependências da sede do Jornal dos Pires.




Matéria publicada originalmente na edição 37 Jornal Pires Rural, 31/03/2007-www.dospires.com.br]
Em comemoração aos 10 anos do início do Jornal dos Pires, logo acrescentado o Rural, tonando-se Jornal Pires Rural, estaremos revendo algumas das matérias que marcaram essa década de publicações, onde conquistamos a credibilidade, respeito e sinergia com nossos leitores e amigos. 
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