Acontecendo desde 2000, a Festa da Mandioca
de Engenheiro Coelho está em sua 6ª edição, organizada para o lazer de seus
moradores e para agradar os produtores, negociantes e vendedores ligados ao
ciclo da mandioca da cidade e região. Festa gratuita, de caráter popular e
tradicional, inscrita no calendário estadual, traz para o público uma gama de
shows de forró, sertanejo e rock, atraindo cerca de 10.000 pessoas entre os
dias 15 e 16 de setembro. Junto com os mandioqueiros a Prefeitura de Engenheiro
Coelho ajuda a organizar a festa, tendo Rangel Felix, assessor do prefeito
Mariano, como peça chave em sua organização.
A área do evento conta com palco
para shows, diversas barracas de produtos variados, parque de diversão e a
famosa barraca da mandioca que serve desde biscoitos, tapioca, caldinho de
mandioca até a deliciosa vaca atolada.
Felix nos conta que durante o
ciclo da mandioca mais de 5000 pessoas são atraídas para a cidade, de todo o
canto do Brasil, “principalmente do sul de Minas Gerais, Paraíba e Bahia, levando
daqui em torno de 3 a
4 toneladas por final de semana”, diz. “A mandioca foi escolhida como tema para
a festa porque é um produto de ótima aceitação em nossa cidade, além de gerar
em torno de 3000 empregos. Podemos dizer que é uma cultura enraizada na
cidade”, comenta Felix.
Morando há 15 anos em Engenheiro
Coelho, Toninho Mandioqueiro foi um dos pioneiros a incentivar a festa junto
com Zé Maria, Paulinho Raça e Negro Branco que tinha o carrinho com produtos da
raiz no local onde hoje é realizada a festa. “Tudo começou numa viagem que fiz
para a minha terra natal, Santos/SP, depois de 28 anos, para matar a saudade da
família. Levei como presente laranja, abacate e a mandioca. Ficaram seduzidos por
ela dizendo que “é bem melhor do que a do “Peralta. Incentivados por eles
resolvi encarar vender mandiocas na baixada. Alugamos um ônibus, eu, o Zé
Tomada, Tião Branco e outros. Na época íamos e voltávamos no mesmo dia porque
vendia demais”, relembra Toninho, com 13 anos nessa atividade, como ele mesmo
diz “a moda pegou e virou festa”.
Produção
De acordo com Toninho, seu
consumo mensal da mandioca está na média de 10 toneladas, revendidas todas no
litoral entre Cubatão, Santos e São Vicente. “Hoje pago uma média de R$0,30 a
R$0,35 do kilo na roça. Entrego para o pessoal do carrinho que revende entre
R$1,20 a R$1,50 o kilo na rua. Todo mundo sai ganhando um pouquinho”, diz ele. Tião
Branco, parceiro de Toninho, diz que além de vender, vai até a roça colher a
mandioca, “É conversa fiada quando falam que não pode gemer na hora de arrancar
a mandioca, porque ela fica dura, não cozinha direito. Se fosse assim então...
Qualquer hora é boa para tirar mandioca. Ela frita com cerveja é a hora que eu
mais gosto”, brinca Tião.
Capital da Mandioca
Na opinião de Toninho, com a divulgação
e apoio da Prefeitura, Engenheiro Coelho tem se tornado “a capital nacional da
mandioca. Não só para os mandioqueiros como para o pessoal que leva para o
CEASA”. Engenheiro Coelho tem até uma agro-indústria que beneficia o tubérculo
de forma pré-cozida para exportação.
Em comemoração aos 10 anos do início do Jornal dos Pires, logo acrescentado o Rural, tonando-se Jornal Pires Rural, estaremos revendo algumas das matérias que marcaram essa década de publicações, onde conquistamos a credibilidade, respeito e sinergia com nossos leitores e amigos.
Quase sem querer iniciamos um trabalho pioneiro para a área rural de Limeira e região, fortalecendo e valorizando a vida no campo, que não é mais a mesma desde então…
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