No ramo corporativo, os grandes sempre influenciaram os
pequenos. Há um bom tempo paira um consenso, das grandes empresas, de que é
preciso ajudar aos mais carentes através
de uma maneira mais eficaz, do que a pratica assistencialista e
filantrópica.
Produzir lucros, empregar pessoas e pagar impostos não são
mais suficientes para as empresas serem bem aceitas no mercado. O aumento da
competição e dos níveis de exigências dos funcionários, clientes e consumidores
provocou no cenário corporativo um quadro mais desafiador.
Os bons negócios estão introduzindo a responsabilidade
social corporativa para se tornarem sustentáveis. O coração da sustentabilidade
nos negócios se apóia em três quesitos:desenvolvimento social, responsabilidade
ambiental e viabilidade das empresas. Para alguns, todos esses temas podem
parecer bixos-de-sete cabeças, mas que na realidade são termos aplicados para
desenvolver ações em setores da sociedade de que o apenas governo federal,
estadual e municipal não tem mais condições estruturais para tomar conta, ou
seja, fugiu de seu controle.
Agora, está na mão da sociedade tomar conta dela própria.
Nessas condições, surge o terceiro setor. Basicamente, o primeiro setor é o
governo e repartições públicas o segundo setor compreende as empresas privadas
e o terceiro setor, citado acima, são organizações criadas para prestar
serviços ao público em áreas como: saúde, educação, cultura, direito civis,
moradias, proteção ao meio ambiente e desenvolvimento de pessoal. Portanto
essas organizações do terceiro setor, de natureza privada e finalidade pública,
miram o ser humano e a sua dimensão sociocultural. É nesse popnto que as
engrenagem dos setores tem que se encaixarem. Aquilo que deveria ser papel do
primeiro setor fazer, por infinitos motivos, coube ao terceiro setor dar
seqüência com recursos financeiros e voluntários do segundo setor.
Produzir lucros, empregar pessoas e pagar impostos não são mais suficientes para as empresas serem bem aceitas no mercado |
Está responsabilidade social que estamos falando não é uma
tarefa fácil, é preciso um certo dom, paciência, viver de fé e muito profissionalismo
além de respeito ao próximo. Por isso o comprometimento de empresas do segundo
setor é primordial para o desenvolvimento da sociedade através das organizações
dar o suporte a proteção do meio ambiente ou o desenvolvimento de uma
comunidade carente por exemplo. Alis, exemplos é o que não faltam, são projetos
musicais como o Olodum na Bahia e o Afroreggae no Rio de Janeiro, ou um curso
profissionalizante de confeiteiro para jovens recrutados da periferia de São
Paulo. São projetos desenvolvidos pelas organizações em conjunto com empresas
ou governo.
Já é um assunto divulgado mas vale lembrar que o caminho
para a saída da pobreza passa pelo envolvimento das pequenas e medias empresas,
reponsaveis por 41% dos empregos com carteiras assinadas gerados no Brasil,
segundo dados do Sebrae. Se por um lado falta a esses pequenos poder de
influenciar governos, obter condições mais vantajosas de produção por outro
sobra entendimento da cultura local, onde estão instalados, e os torna mais
aptos a medir riscos e avaliar assuntos pertinentes a região em que se inserem.
É evidente que os pequenos negócios podem se tornar referência difundindo
praticas sociais e obtendo um efeito dominó entre seus pares.
É um assunto muito amplo, não se esgota e esta sempre em
evolução. Nossa missão aqui é trazer para o debate e conhecimento da sociedade
como é abordado e desenvolvido esse assunto em nosso bairro, na nossa cidade e
outras partes do planeta.
Mas é muito bom saber que envolver a sociedade e trazer
melhoria essências para a vida de cada um não é bicho-de-sete-cabeças, mas pode
ser sete cabeças tentando achar soluções para matar a fome, o desemprego,
desmatamento, falta de moradia oferecendo oportunidades para uma vida digna e
confortável que todo merecem.
As pequeans e médias empresas, assim como as grandes fazem,
devem pensar estrategicamente como usar a responsabilidade social para
beneficio próprio sendo uma empresa cidadã. Investir em projetos de
organizações que cuidam do social é saber que no final das contas e no longo
prazo, significa lucros maiores. Pense nisso e aguarde o próximo artigo.
Matéria publicada originalmente na edição 34 do Jornal Pires Rural, 29/01/2007 - www.dospires.com.br]
Em comemoração aos 10 anos do início do Jornal dos Pires, logo acrescentado o Rural, tonando-se Jornal Pires Rural, estaremos revendo algumas das matérias que marcaram essa década de publicações, onde conquistamos a credibilidade, respeito e sinergia com nossos leitores e amigos.
Quase sem querer iniciamos um trabalho pioneiro para a área rural de Limeira e região, fortalecendo e valorizando a vida no campo, que não é mais a mesma desde então…
Nenhum comentário:
Postar um comentário