Jornal Pires Rural - Há 13 anos revelando a agricultura familiar

domingo, 29 de março de 2015

O sabor exótico da pitaya

Considerada fruta exótica em diversos aspectos - como não ser original do Brasil -  a Pitaya têm sido cultivada entre adeptos desse tipo de cultura.

Conhecida também como fruta do dragão, é originária da América Tropical, sendo os seus maiores produtores a Colômbia e o México. Tem cultivo fácil, aparência e cores chamativas e sabor doce, suave e um tanto estranho. Nas palavras de Edmilson Porreca, “se assemelha ao kiwi e champagne” é o sabor da fruta que cultiva em sua chácara no bairro dos Pires. O pé da planta é semelhante a um cactus, crescendo como uma planta trepadeira. Deve-se plantá-las com estacas e em qualquer época do ano; apresentam várias espécies que variam no paladar, além de produzir flores noturnas de rara beleza.

Fruto Hylocereus Undatus, tem polpa branca com minúsculas sementes pretas parecendo um sorvete de flocos


Segundo Edmilson “é uma frutífera bastante resistente a pragas e doenças. Para adubação das plantas só uso esterco de gado curtido. Não uso nenhum produto químico”.
A frutificação da Pitaya está entre os meses de dezembro a maio. São empregadas para preparar sorvetes, iogurtes, doces, marmeladas, geléias, sucos, refrigerantes ou, se quiser, pode comê-la fresca. Atribuem-se propriedades afrodisíacas e curativas, em especial a gastrite. No processo de frutificação, a planta “solta” uma flor de aparência bem exótica, grande, amarelo- esverdeada, lembrando aquelas plantas carnívoras de desenhos animados.


Fruto Hylocereus Undatus, vermelho por fora e branco por dentro
Logo abaixo dessa flor é onde se forma o fruto. Quando pronto para colheita, sua aparência se assemelha a de uma alcachofra de cor berrante predominando o tom vermelho. De acordo com ele “das várias espécies existentes, a que cultivo aqui é a vermelha por fora e branca por dentro, com nome cientifico de Hylocereus Undatus. As outras são amarelas, a rosa conhecida por Pitaya do cerrado e as Hylocereus Polirizus e Hylocereus Costaricemis que são vermelhas por dentro e por fora”. A espécie cultivada por ele tem polpa branca com minúsculas sementes pretas parecendo um sorvete de flocos. Edmilson descreve que “ela é uma fruta de efeito digestivo”. Assim, se seu almoço foi uma bela churrascada, ao final você poderá se deliciar com uma Pitaya ao natural, com seu sabor doce, suave e exótico.

Uma Pitaya ao natural, com seu sabor doce, suave e exótico

Edmilson descreve ainda que tem a produção de mudas, que são retiradas das plantas adultas. É possível vender a fruta entre R$10,00 e R$12,00 o kilo. “Sempre me procuram querendo arrematar minha produção. Tenho venda garantida”. 


Matéria publicada originalmente na edição 33 do Jornal Pires Rural, 15/01/2007 - www.dospires.com.br]

Em comemoração aos 10 anos do início do Jornal dos Pires, logo acrescentado o Rural, tonando-se Jornal Pires Rural, estaremos revendo algumas das matérias que marcaram essa década de publicações, onde conquistamos a credibilidade, respeito e sinergia com nossos leitores e amigos. 
Quase sem querer iniciamos um trabalho pioneiro para a área rural de Limeira e região, fortalecendo e valorizando a vida no campo, que não é mais a mesma desde então…

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