Jornal Pires Rural - Há 13 anos revelando a agricultura familiar

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Agricultores do semiárido piauiense triplicam a renda com o Crédito Fundiário

Raimundo José Machado Filho na colheita das 60 toneladas de arroz irrigado
Viver no semiárido piauiense produzindo arroz, criando tilápia e gado, e, com isso, triplicar a renda familiar. Esta é a realidade de 55 famílias de beneficiários do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) da Associação dos Agricultores Familiares de Lagoa, em São José do Divino (PI). Na semana passada, eles deram início à colheita das 60 toneladas de arroz irrigado.
Além do arroz, estão em fase de entrega 16 toneladas de tilápia, já comercializadas. Ambos os projetos foram custeados pelo Subprojeto de Investimentos Comunitário (SIC), recursos não reembolsáveis, disponibilizado pela linha do PNCF de Combate à Pobreza Rural (CPR). O recurso permitiu também que a associação fizesse o cerco da área e as casas, além de instalar a rede elétrica trifásica, irrigar a área produtiva e executar o projeto de bovinocultura e de manejo florestal.

Do sonho à realidade

Segundo o presidente da associação, Raimundo José Machado Filho, as mudanças foram muito grandes. “Estávamos ansiosos pelos resultados e eles estão chegando. Com a venda do arroz, das tilápias e do gado (vendido no ano passado), nossa renda anual passa de R$ 30 mil por ano. E ainda tem a renda da área de manejo florestal e da confecção das mulheres, que não dão conta de atender à demanda. Triplicamos a renda e melhoramos muito nossa qualidade de vida”, completou Machado.

“Eu me criei aqui. Eu e alguns outros associados erámos empregados nessa propriedade. Desde 2011 somos donos, graças a Deus e ao Crédito Fundiário”, comentou, entusiasmado, o presidente.

Trabalho e afinidade
Pela manhã, elas são agricultoras, cuidam da criação, da horta, da casa e dos filhos. À tarde, se tornam empreendedoras na Confecção Afinidade. Essa é a rotina de 22 agricultoras familiares, titulares do PNCF da Associação Lagoa, que adquiriram o selo PNCF Mulher e, com o recurso, montaram uma confecção, responsável hoje pelo aumento da renda familiar de suas famílias.

O grupo Afinidade nasceu com a confecção, em março de 2011, sob o lema “trabalhando a moda com arte, gerando renda e melhorando a qualidade de vida”. Localizada na associação, produz roupa íntima feminina, jogos de banheiro e cozinha. A comercialização ocorre nas feiras, festas religiosas e eventos diversos, onde a marca Afinidade se tornou conhecida ganhando destaque pela qualidade. Hoje, quase três anos após a criação, a confecção tem uma produção estável com um lucro de mais de R$ 1 mil por mês.

Assessoria de Comunicação Social - Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA)

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