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O vetor; um inseto da família Psylidae, a Diaphorina citri,
presente em quase todo Brasil
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Uma ação conjunta de citricultores tentará realizar o controle do psilídeo Diaphorina citri simultaneamente em várias regiões do estado de São Paulo, entre os dias 16 e 22 de setembro. Chamada de “pulverização conjunta”, a medida é um esforço coletivo para baixar a população do inseto considerado a maior praga da citricultura por ser o transmissor do greening (HLB). A doença foi responsável pela eliminação de 3,7 milhões de plantas de laranja no primeiro semestre deste ano, segundo dados da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA).
“A vantagem da pulverização conjunta é o maior tempo de
proteção do inseticida e a diminuição da reinfestação do psilídeo, uma vez que
diminui o risco do inseto migrar de uma propriedade onde não foi feito o
controle para outra recém pulverizada. O resultado é maior proteção e menos
gasto com produtos inseticidas”, afirma o pesquisador do Fundecitrus Fabio dos
Santos.
Atualmente, existem três grupos de manejo de HLB ativos, nas
regiões de Araraquara, Avaré e Santa Cruz do Rio Pardo, que somam 81
propriedades, distribuídas em 42 cidades paulistas, abrangendo 63,5 mil hectares
de citros. Há ações para montar outros grupos nas regiões de Bebedouro e
Mococa.
Alerta fitossanitário
A pulverização conjunta foi decidida pelos produtores após a
constatação do aumento da população do psilídeo nos pomares, nas últimas
semanas, identificado pelo monitoramento permanente feito pelo Fundecitrus com
a colaboração de produtores de citros.
“As plantas apresentam fluxo vegetativo entre os meses de
agosto a outubro. É uma condição bastante favorável ao psilídeo, que coloca
seus ovos apenas em brotações”, explica o pesquisador.
Chamado de alerta fitossanitário, o monitoramento é feito
por meio de um sistema online no qual os citricultores cadastram dados sobre a
presença do psilídeo em vários pontos georreferenciados do estado. Atualmente, há
4858 armadilhas monitoradas. Os dados são organizados e disponibilizados em
forma de relatórios quinzenais com dados da população do inseto nas
propriedades e na região e que permitem identificar os locais e momentos
críticos de ocorrência do psilídeo, ajudando os produtores na tomada de
decisões mais precisas para o controle do inseto (saiba mais sobre o alerta
fitossanitário em www.fundecitrus.com.br/alerta-fitossanitario).
O Alerta Fitossanitário é uma das bases para o manejo
regional do HLB. Segundo um estudo desenvolvido pelo Fundecitrus, o manejo
realizado em conjunto por várias propriedades vizinhas é dez vezes mais eficaz
que o controle restrito a apenas um pomar.
Inseto transmissor do Greening e
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Os frutos sintomáticos geralmente são pequenos, deformados,
e podem apresentar a casca total ou parcialmente verde na parte basal,
espessamento do albedo (parte branca da casca) e sementes abortadas.
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Por: Assessoria Comunicação Fundecitrus -
Patrícia
Menezes
Jornalista - Rebeca Come TerraMTB - 46.253
DRT radialista - 34.842/SP
Jornalista - Rebeca Come TerraMTB - 46.253
DRT radialista - 34.842/SP
Contatos:
patrícia@rebecacometerra.com.br
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