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A distribuição de alimentos pelo PAA; É feito um levantamento junto aos órgãos de promoção social para saber quais entidades e instituições estão cadastradas para receber os alimentos. |
Há 4 anos, na cidade de Araras a Cooperativa de Apicultores
e Agricultores Familiares de Araras e Região, vem atuando junto aos produtores
rurais para garantir uma renda mínima e a permanecia desses agricultores em
suas terras. O jornal Pires Rural foi até Araras, para conhecer um pouco mais
sobre a Cooperativa e verificar na prática como acontecem as entregas de
alimentos pelos agricultores aos programas governamentais de aquisição de
alimentos para escolas e instituições.
Segundo o presidente da Cooperativa, José Ribeiro de Araújo,
mais conhecido como Sr. Araújo tudo começou com a adesão de Araras ao Programa
de Aquisição de Alimentos (PAA) da Conab e ao Programa Nacional de Alimentação
Escolar (PNAE). Como os agricultores estavam organizados através da
Associação de Apicultores constituída há 8 anos atrás, que ainda mantém sua
produção e seus associados, resolveram formalizar a Cooperativa de Apicultores
e Agricultores Familiares de Araras e Região, “vimos que para alavancar nossas
vendas nas cidades da região aos programas governamentais era preciso
constituir uma cooperativa. No início foram apenas 25 produtores e hoje
contamos com 230 fornecedores, entre Araras, Pirassununga e Leme”.
Além do Sr. Araújo, o engenheiro agrônomo, aposentado pela
CATI, José Maria Baptista ou Zé Maria dão o sangue pela Cooperativa que é como uma
empresa e os encargos e tributos são altos. Sr. Araújo cita como exemplo o suco
de laranja que eles pagam 18% de ICMS mais 6% de impostos federais, fornecendo
além de Araras para as cidades de Conchal, Mogi Guaçu, Leme, Santa Gertrudes e
Cordeirópolis.
Outro entrave está na regularidade da produção, “alguns
agricultores não tem controle de suas culturas, muitas vezes apostando em baixa
produtividade e quando vai colher há um excesso de produção que nem imaginavam”,
afirmou Sr. Araújo.
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Cada entidade se encarrega de retirar sua cota semanal |
PAA
A distribuição de alimentos pelo PAA funciona com a
elaboração de um projeto para a Conab de São Paulo. É feito um levantamento
junto aos órgãos de promoção social para saber quais entidades e instituições
estão cadastradas para receber os alimentos. Depois disso é feito um
levantamento nas entidades verificando o número de pessoas e a faixa etária,
com isso é feito a somatória de quantas toneladas de alimentos podem ser
entregues por ano. De acordo com esses números Sr. Araújo sai em busca dos
produtores familiares ligados a cooperativa para ofertar os produtos como
cenoura, beterraba, couve, cebolinha, alface, chicória, tomate, laranja entre
outros. Esses produtores entregam os alimentos uma vez por semana em um ponto
da Cooperativa e cada entidade se encarrega de retirar sua cota semanal. O PAA
é livre, não obriga os agricultores a entregar os alimentos caso ele constate
que o preço de mercado seja maior. A prestação de contas é feita a cada 30 dias
para a Conab que após 20 dias deposita o valor na conta da Cooperativa.
Segundo Zé Maria o desafio é grande, mas nesses 40 anos de
experiência tem lhe dado a certeza de que não pode desistir pelo simples motivo
de que “o ser humano não pode ficar mais de 1 minuto sem ar, que é purificado
pelas árvores que estão na área rural. O ser humano não pode ficar mais de 7
dias sem água que é produzida nas nascentes que estão na área rural. O ser
humano não aguenta ficar mais do que 30 dias sem se alimentar, e os alimentos
são produzidos na área rural”.
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Religiosamente as instituições inscritas vão buscar as gratas "doações". |
Capa da edição 138 do Jornal Pires Rural
[Matéria publicada originalmente na edição 138 do Jornal Pires Rural, 20/09/2013 - www.dospires.com.br]
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