Durante a reunião de janeiro da unidade central do Conselho
Comunitário de Segurança (Conseg) de Limeira vários assuntos que afetam os
moradores da cidade foram abordados, dentre eles o descarte de material tóxico lançado
por indústrias na rede de esgoto, levantado pela concessionária de água e
esgoto de Limeira, a Foz do Brasil.
Segundo a representante da concessionária Mona Lisie Pavan
Ribeiro, da área de Meio Ambiente da empresa, esse procedimento das empresas
sempre foi monitorado pelas equipes da Foz do Brasil, mas que recentemente a
quantidade de produtos tóxicos lançados tem passado dos limites. “A Foz faz o
tratamento de esgoto industrial, mas as empresas têm que lançar os efluentes já
tratados, dentro dos limites permitidos, além disso, existem empresas que estão
instaladas clandestinamente pela cidade e usam produtos controlados e descartam
na rede de esgoto que é monitorada constantemente pelas 4 equipes da Foz”, disse
Mona Lisie. Diante dessa fala na reunião do Conseg, o delegado assistente da Seccional,
Luís Roberto Villela, questionou se nas amostras coletadas pela concessionária
há indícios do uso de produtos controlados (metais pesados) e que isso cabe uma
investigação por parte da Polícia Civil, “o uso destes produtos sem autorização
caracteriza crime. Se existe um B.O., cabe ao departamento especializado nesse
de tipo de investigação fazer relatórios dos quais eu tenho acesso e estarei
verificando”, apontou o delegado.
Segundo Mona Lisie esse descarte preocupa porque “foi
verificado um aumento de 60%” de lançamento de produtos tóxicos nas redes de
esgoto e não é um foco isolado, esta espalhado por toda a cidade. Outro detalhe
importante é que “a Foz do Brasil está para inaugurar uma estação biológica de
tratamento de esgoto e se produtos tóxicos não permitidos estão sendo lançados,
essa nova estação terá problemas no tratamento do esgoto”, explicou. A Foz do
Brasil pretende começar uma campanha focando a conscientização da população e
das empresas quanto ao lançamento de produtos tóxicos na rede de esgoto, a
concessionária também recebe denúncias, que não precisam de identificação, no
telefone 0800-771-0001.
Aproveitando a presença do vice-prefeito Antonio Carlos Lima
(PT), e do secretario municipal de segurança pública, Maurício Miranda de
Queiroz, outros temas fizeram pauta da reunião como podas de árvores no bairro
Boa Vista, principalmente aquelas que estão ao entorno da igreja São Sebastião;
a velocidade excessiva dos carros causando dificuldade de travessia de
pedestres, falta de sinalização e da fiscalização por parte da Secretaria de
Transito sendo que uma das reclamações se ateve à eficácia da atuação dos
agentes de trânsito, denunciados pelos presentes que parte fica em grupos de
até cinco pessoas, enquanto outras áreas ficam sem fiscalização. O
vice-prefeito Lima respondeu que os agentes de trânsito quando foram admitidos,
por concurso público, se quer foram exigidos que tivessem habilitação para
dirigir, “pretendemos ministrar um curso de capacitação para esses
profissionais que foram contratados e estão perdidos quanto ao seu papel de agentes
de trânsito. Tem agente dando multa sem ao menos ter carta para dirigir”,
pontuou o vice-prefeito.
Esses assuntos foram mediados pelo presidente do Conseg, Dr.
Claudio Zalaf junto aos órgãos membros como Polícia Civíl, Polícia Militar,
Guarda Municipal, Prefeitura e empresários.
[Matéria publicada originalmente na edição 123 do Jornal Pires Rural, 15/02/2013 - www.dospires.com.br]
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