A Procuradoria Especial da Mulher promoveu o 1º Debate
Público sobre Violência contra as Mulheres no dia 26 de fevereiro na Câmara
Municipal de Limeira. A vereadora Érika Monteiro Moraes, procuradora especial
da mulher, abriu o evento dizendo que o debate mexe na ferida da sociedade por
se tratar de um tema debatido que precisa ser aplicado com a união de
parcerias.
A Procuradoria foi criada em outubro/2013 com o
objetivo de velar pela participação efetiva de todas as vereadoras em todos os
momentos da vida pública na Câmara Municipal de Limeira, fiscalizando e
acompanhando a execução de programas de governo visando à igualdade entre os
gêneros implementando campanhas contra qualquer forma de violência. "Nossa
tolerância a partir desse debate deve ser zero a qualquer forma de violência,
seja para a mulher, negro, menos privilegiado. Nesses anos, muitas Leis e
debates foram implementados, gostaria de fazer uma reflexão, pois fazer uma Lei
e não implementá-la não tem porque fazê-la. Precisamos ser as fiscalizadoras
desse processo e tirar a pessoa do risco”, afirmou a vereadora Érika Monteiro.
A vereadora Érika Tank Moya acredita que o município
de Limeira oferece todos os instrumentos necessários para trabalhar em prol da
defesa da mulher como a Delegacia de Defesa da Mulher; o Conselho da Mulher;
uma conselheira limeirense no Conselho Estadual da Mulher; uma Casa de Apoio à
Mulher vítima de violência; uma juíza à frente do Poder Judiciário; quatro
vereadoras; a Procuradoria Especial da Mulher; um prefeito delegado.
"Temos um secretário da Saúde que vem inovando com a pretensão de fazer
com que todos os postos de saúde sejam notificadores da violência doméstica e
sexual. Podemos falar em políticas públicas se realmente soubermos da realidade
que a mulher enfrenta, com números e motivos. Temos todos os instrumentos.
Precisamos somente fazer com que essa rede funcione com a ajuda das mulheres
vitimizadas para que elas nos apontem onde estamos errando. Essa é a
luta", afirmou Érika Tank.
Para a vereadora Lu Bogo, discutir esse tema tão
delicado retratando a violência contra a mulher é muito importante. “A evolução
que tivemos nesses anos com a denúncia da violência, formação do Conselho da
Mulher, políticas públicas, mulheres corajosas que enfrentam seus maridos
tocando suas vidas como arrimo de família foi um marco importante. É preciso lutar
pela igualdade” afirmou Lu Bogo.
“Temos que aproveitar todos os instrumentos
disponíveis na cidade. Não somo o sexo frágil porque muitas vezes estamos
tomando posição. Sozinhas como vereadoras não conseguiremos fazer o trabalho
que é da sociedade, criar essa rede e fortalecer indo além dos muros da Câmara
Municipal", falou vereadora Mayra da Costa.
A presidente do Fundo Social de Solidariedade, Deise
Hadich revelou estar mobilizada com o convite de parceria. "Venho de uma
trajetória profissional com carreira na saúde pública, onde infelizmente, a
vivência e a proximidade com a violência contra a mulher são inevitáveis. Com
muito avanço poderemos debater o nosso contato e proximidade no depois,
socorrendo as vítimas não só na violência física e psíquica, também em falta de
afeto e amor", afirma Deise Hadich.
O desafio no trabalho do fundo Social de Solidariedade
junto com o grupo de conselheiras voluntárias tem ocorrido para atingir a meta
de projetos e ações direcionados a mulher como geração de renda. “A geração de
renda traz como consequência certo empoderamento econômico, ajudando minimizar
as diferenças de gênero com maior empoderamento, cidadania, recolocação na
sociedade, conhecimento de espaços e pessoas. Isso é o processo da vida que vai
nos empoderando de saber dando força para não ser vitimizada. Faço um convite
para que todos estejamos sempre em ação nessa causa", Deise Hadich.
Capa da edição 147 do Jornal Pires Rural |
[Matéria publicada originalmente na edição 147 do Jornal Pires Rural, 03/03/2014 - www.dospires.com.br]
Nenhum comentário:
Postar um comentário